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David Mark/Pixabay

Saúde da população negra: ações afirmativas e branquitude docente nos cursos de graduação da saúde

  • Dyana Helena Souza
  • Dais Gonçalves Rocha
  • Dyana Helena Souza

    Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Brasília

    https://orcid.org/0000-0001-6050-3337

    Professora Substituta no Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Saúde Coletiva (PPGSC-UnB, 2020).  Ex-residente do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica da Fiocruz Brasília. Bacharel em Saúde Coletiva (1/2014) e em Serviço Social (1/2018) pela Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Saúde Coletiva e Serviço Social, atuando principalmente nos seguintes temas: Políticas Sociais; Reorientação da Formação em Saúde; Promoção da Equidade; Questão Racial e Saúde da População Negra.

    Dais Gonçalves Rocha

    Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Coletiva, Brasília

    https://orcid.org/0000-0003-1103-5930

    Graduação em Odontologia pela Universidade Federal de Goiás (1990), mestrado (1997) e doutorado (2001) em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública - Universidade de São Paulo. Pós-Doutorado na University of British Columbia junto à School of Population and Public Health em Vancouver-Canadá. Professora adjunta do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde - UnB. Ex-Coordenadora do Grupo Temático de Promoção da Saúde e Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável da Associação Brasileira de Saúde Coletiva ( 2016-2018). Ex-Coordenadora do Programa de Reorientação da Formação em Saúde e do Sistema de Integração Ensino-Serviço-Comunidade da Universidade de Brasília-Campus Darcy Ribeiro (2014-2018). Ex-coordenadora do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva FS/UnB (2018-2020). Coordena projetos nacionais e internacionais na área de Promoção da Saúde. Atua no ensino, pesquisa e extensão principalmente nos seguintes temas: promoção da saúde, gestão participativa em saúde, intersetorialidade, avaliação de programas, políticas públicas; promoção da equidade em saúde, formação e educação permanente em saúde. Líder do Grupo de Pesquisa Promoção e Equidade em Saúde.



Resumo

Este artigo objetiva analisar a inserção do tema Saúde da População Negra na formação dos profissionais de saúde nos cursos de Saúde Coletiva, Enfermagem e Medicina de uma universidade pública brasileira. A pesquisa é resultado de uma dissertação de mestrado de natureza qualitativa do tipo pesquisa- intervenção, adotando como fundamentação teórica a epistemologia feminista negra e a perspectiva negra da decolonialidade. Foram realizadas oficinas, entre os anos de 2019 e 2020, com membros dos Núcleos Docentes Estruturantes de Saúde Coletiva, Enfermagem e Medicina. A despeito das diretrizes do marco legal sobre o ensino das relações étnico-raciais, constatou-se a incipiência sobre o tema Saúde da População Negra na formação dos cursos analisados, a ausência de docentes negros nesses espaços e a presença de uma branquitude docente guardiã de privilégios. Os resultados e a discussão apresentados possibilitaram depreender que é por meio dos movimentos e pensamentos emancipatórios nos campos político, cultural, pedagógico e epistemológico que se faz possível tensionar rupturas nas relações de poder e nas estruturas do Estado.

Foto: David Mark/Pixabay

Palavras-chave

Saúde da população negra,
Ações afirmativas,
Ensino superior,
Currículo,
Formação profissional em saúde

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