A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Edição Atual | v. 14 n. 1 (2016)

Publicação contínua
Artigo

Graduação em saúde, uma reflexão sobre ensino-aprendizado

Ribeiro, I L;
Medeiros Júnior, A.

10.1590/1981-7746-sip00099

Graduação em saúde, uma reflexão sobre ensino-aprendizado

O ensino superior em saúde exerce papel fundamental na sociedade porque os egressos dos cursos ofertados na área serão os futuros prestadores de assistência à população. O objetivo deste estudo foi analisar publicações na literatura a respeito da graduação na área da saúde, cuja metodologia foi uma revisão narrativa, com 51 materiais selecionados na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (enfocados na graduação, metodologias de ensino e relação teoria-prática). Os resultados mostraram a importância de atrelar teoria e prática e divergências em relação às metodologias de ensino, com a necessidade de um olhar crítico sobre elas, além de fragilidades na formação pedagógica de docentes. Conclui-se que o dissenso quanto às metodologias de ensino e a preocupação com a formação de discentes e docentes mostra a necessidade de realizar debates de modo a socializar experiências e ideias nesse importante campo do conhecimento que deem respostas às necessidades sociais.


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Artigo

A dimensão ético-política da humanização e a formação de apoiadores institucionais

Matias, M C S;
Verdi, M I M;
Finkler, M.

10.1590/1981-7746-sip00095

A dimensão ético-política da humanização e a formação de apoiadores institucionais

Ao se afirmar como política pública fundamentada no paradigma ético-estético-político, a Política Nacional de Humanização introduz um novo sentido para a proposta de humanização da saúde: um sentido contra-hegemônico, associado à compreensão da vida como abertura e multiplicidade. Em face do desafio de operar um conceito tão inovador e contrário às práticas tradicionais, este estudo buscou discutir o entendimento e a vivência que apoiadores institucionais formados pela Política Nacional de Humanização tinham da dimensão ético-política contida na proposta. O objeto desta pesquisa foi investigado à luz de abordagem metodológica qualitativa, de caráter exploratório-descritiva, tendo como sujeitos os egressos de um processo de formação de apoiadores institucionais realizado em 2009 em Santa Catarina. Por meio de entrevistas e pesquisa documental, obtiveram-se como resultados uma compreensão da dimensão fundamentada na valorização dos sujeitos e na democratização das relações. As vivências e experimentações, entretanto, foram marcadas por obstáculos e desafios, como o da concentração de poder nas instituições e o da fragilidade do modelo de atenção à saúde, ainda pautado nas racionalidades gerencial e biomédica. Também se interpuseram como desafio dificuldades relacionadas à compreensão de alguns conceitos da Política e aos modos como tem se organizado nos serviços de saúde e interfederativamente.


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Artigo

O ensino de farmácia no Sul do Brasil: preparando farmacêuticos para o Sistema Único de Saúde?

Monteguti, B R;
Diehl, E. E.

10.1590/1981-7746-sol00008

O ensino de farmácia no Sul do Brasil: preparando farmacêuticos para o Sistema Único de Saúde?

O processo de formação em saúde enfrenta o desafio da transformação e está sendo direcionado para o atendimento das necessidades do Sistema Único de Saúde. Este artigo analisa a apropriação das diretrizes curriculares nacionais por cursos de graduação em Farmácia com foco na formação direcionada à assistência farmacêutica, além da participação docente e discente nas práticas de aproximação entre ensino e realidade de atuação no Sistema Único de Saúde. Foram realizadas análise documental das matrizes curriculares e projetos político-pedagógicos dos cursos de Farmácia de instituições de ensino superior públicas e privadas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, bem como entrevista semiestruturada com estudantes e professores de cursos de Santa Catarina. A adoção das diretrizes curriculares nacionais ocorreu em momentos diferentes a partir de 2002, e as bases teóricas, evidenciadas pela oferta de disciplinas, também se mostraram bastante desiguais entre os cursos. O estágio foi a estratégia mais comum para a aproximação entre ensino e serviço; nos cursos com o Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde, observou-se melhor compreensão do Sistema Único de Saúde por parte dos estudantes. O estudo indica a necessidade de se repensar criticamente as Diretrizes Curriculares Nacionais e de que forma vêm sendo implementadas pelos cursos de Farmácia.


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Artigo

Interdisciplinaridade e formação na área de saúde coletiva

Velloso, M P;
Guimarães, M B L;
Cruz, C R R;
Neves, T. C. C.

10.1590/1981-7746-sip00097

Interdisciplinaridade e formação na área de saúde coletiva

O artigo apresenta os resultados da pesquisa que objetivou discutir a potencialidade da práxis e conceitos de saúde pública/coletiva envolvendo profissionais e saberes na construção do conhecimento em saúde no ambiente escolar. O estudo foi desenvolvido durante o ano letivo de 2012 em uma escola pública, na cidade do Rio de Janeiro, com a participação de professores, alunos de ensino médio e estagiários de licenciatura. A metodologia utilizada de pesquisa-ação supõe uma ação coletiva orientada em função da re-solução de problemas, identificados a partir de um diagnóstico da situação elaborado pelos participantes. O diagnóstico foi realizado por meio de perguntas dirigidas aos professores e estagiários, e de uma redação direcionada aos alunos. Os resultados obtidos dos professores revelam que a saúde pública é compreendida como dever do Estado na prestação de serviços de prevenção e assistência à saúde. Já a saúde coletiva é associada ao bem-estar físico, mental e social da população. Tanto os professores como os estagiários, que já participaram de projetos interdisciplinares, reconhecem a experiência como positiva. Os alunos reconheceram que a educação é priorizada em relação às condições físicas e sanitárias da escola, mas identificaram em tais condições fatores de risco ao aprendizado e, consequentemente, à saúde e à qualidade de vida.


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Artigo

O processo ensino-aprendizagem na formação de trabalhadores do SUS: reflexões a partir da experiência da ETSUS

Siqueira, M C G;
Leopardi, M. T.

10.1590/1981-7746-sip00094

O processo ensino-aprendizagem na formação de trabalhadores do SUS: reflexões a partir da experiência da ETSUS

Apresenta-se neste texto os resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi avaliar o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, sustentado por metodologia participativa problematizadora, na perspectiva de professores e alunos da Escola Tocantinense do Sistema Único de Saúde Dr. Gismar Gomes para formação de trabalhadores desse sistema e para os que buscam o ingresso neste mercado de trabalho. Optamos pelo ‘itinerário de pesquisa’ do educador Paulo Freire, adotando os ‘círculos de cultura’ como contexto de coleta de dados, com três etapas: construção dos temas geradores; codificação e decodificação dos temas; e desvelamento crítico. Foram identificadas as temáticas: problematização como opção metodológica; aplicação da me-todologia problematizadora; desafios do processo de ensino-aprendizagem; e fatores que o dificultam ou facilitam o processo de ensino-aprendizagem. Este processo possibilitou maior aproximação entre os diversos participantes e permitiu problematizar aspectos do processo de ensino-aprendizagem da escola, favorecendo melhor compreensão desta realidade, permitindo recontextualizá-la com novas possibilidades, avanços e meios de superação.


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Artigo

Materiais educativos de vigilâncias sanitárias: perfil de produção e circulação no tema dos alimentos

Marins, B R;
Araujo, I. S. d.

10.1590/1981-7746-sip00090

Materiais educativos de vigilâncias sanitárias: perfil de produção e circulação no tema dos alimentos

O artigo traça um primeiro perfil de produção e circulação de materiais educativos produzidos e distribuídos por vigilâncias municipais do Estado do Rio de Janeiro, privilegiando o tema dos alimentos, no período 2008-2010. Para o mapeamento, consultamos bases de dados e acervos das coordenações de vigilância sanitária dos 92 municípios do estado. As vigilâncias sanitárias receberam carta-convite de participação na pesquisa, solicitando o envio de seus materiais educativos nas versões física ou digitalizada e o preenchimento de um questionário com questões de interesse da pesquisa: tema dos materiais, ano de produção e circulação, tiragem, origem institucional, formas de cooperação e circulação, justificativa para a produção. Trinta coordenações responderam e apenas nove enviaram materiais classificados como pertinentes à temática dos alimentos, delineando-se um cenário de pouco investimento nesse tema, em face da sua importância para a saúde pública. A análise apontou que na maioria dos materiais a abordagem das informações privilegia uma linguagem técnico-científica, distante da possibilidade de apropriação da população a que se destinam; grande desigualdade quanto a recursos de produção, com materiais de boa e má qualidade; e esforço de circulação circunstancial e sujeito ao processo político-administrativo e recorrentes situações de descontinuidade da ação.


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Artigo

Competências andragógicas dos docentes enfermeiros que atuam na graduação em enfermagem paulistana

Draganov, P B;
Sanna, M. C.

10.1590/1981-7746-sip00098

Competências andragógicas dos docentes enfermeiros que atuam na graduação em enfermagem paulistana

O objetivo foi avaliar o nível de desempenho do enfermeiro docente nas competências essenciais para a educação de adultos, na perspectiva andragógica. Estudo descritivo, comparativo, transversal, quantitativo, foi desenvolvido com 226 docentes enfermeiros que atuavam em vinte cursos de graduação em enfermagem. Utilizou-se estatística descritiva, testes não paramétricos e software Minitab® 16. A população tinha predominantemente entre 46-55 anos, era majoritariamente do gênero feminino, formou-se em escola pública e cursou especialização, mestrado e menos da metade também doutorado. Os professores se consideraram aquém do nível que deveriam ter para a educação de adultos, encontravam-se distantes do ideal para as competências que almejavam alcançar e declararam domínio maior para facilitar a aprendizagem do que para desenvolver e administrar programas de educação de adultos. Concluiu-se que o nível de desempenho dos docentes foi homogêneo, não havendo diferenças significativas na comparação dos resultados com as características da população.


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Artigo

O trabalhador no Programa Saúde da Família no interior do estado do Amazonas: um estudo qualitativo

Katsurayama, M;
Parente, R C P;
Moretti-Pires, R. O.

10.1590/1981-7746-sip00096

O trabalhador no Programa Saúde da Família no interior do estado do Amazonas: um estudo qualitativo

Este artigo traz uma análise da relação trabalho-subjetividade na Estratégia Saúde da Família no interior do estado do Amazonas, sob a perspectiva da psicodinâmica do trabalho, segundo a qual o trabalho é aquilo que demanda, além do saber-fazer, engajamento do corpo e mobilização da inteligência, a capacidade de refletir, criar e inventar. Propôs-se, a partir daí, uma análise do que é invisível no trabalho, com base nas falas de 75 profissionais da saúde na Estratégia Saúde da Família de quatro municípios do Estado do Amazonas (Coari, Manacapuru, Parintins e São Gabriel da Cachoeira), obtidas por meio de entrevistas individuais, grupos focais e observação participante. Foram identificados diferentes conteúdos significativos do trabalho, ou seja, o sentido simbólico que ele introduz na sua atividade de trabalho, além de estratégias defensivas para a mediação do sofrimento, entre elas a racionalização e a relação de confiança e cooperação encontrada na equipe. Os trabalhadores da Estratégia Saúde da Família na Amazônia mostraram enfrentar questões peculiares quanto aos serviços de saúde desses locais. Por meio desta pesquisa qualitativa, pudemos dar voz ao trabalhador, considerando-o como o principal gestor de seu próprio trabalho, permitindo através da reflexão vislumbrar seu potencial de gerar mudanças a partir do trabalho cotidiano.


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Artigo

O modelo organizacional da Unidade de Saúde Familiar de Portugal: uma análise dos discursos oficiais

Borges, J L d J;
Cruz, M H S;
Lopes, M. A. d. C.

10.1590/1981-7746-sip00101

O modelo organizacional da Unidade de Saúde Familiar de Portugal: uma análise dos discursos oficiais

O objetivo deste artigo é refletir sobre as transformações do trabalho, as demandas de qualificação e de novas competências no âmbito da política de saúde primária, atribuindo especial destaque aos impactos no trabalho dos médicos nas unidades de saúde familiar em Portugal. A investigação de caráter qualitativo realizou-se por meio da consulta a fontes documentais: decretos, leis, planos de ação e relatórios referentes às políticas e à estrutura organizacional nas unidades de saúde, adotando-se a análise de conteúdo para o tratamento dos dados. Preconiza-se que o comprometimento com os processos de requalificação enseja novos movimentos instituintes, fortalecedores da (re)construção da identidade médica, não apenas compreendida como individuação/identificação, mas constituída como um processo contínuo vinculado à identidade pessoal, possibilitando a construção, desconstrução e a reconstrução de algo que permite dar sentido ao trabalho realizado. Para o trabalho em saúde, valoriza-se um novo perfil profissional dotado de elevada qualificação, integrando, de forma inseparável, teoria, saberes técnicos, práticos e sociais. A ‘prestação do serviço’ e a ‘assistência em saúde’ têm uma dimensão subjetiva e individual, mas, ao mesmo tempo, têm expressão em grupos e em populações, assim como são orientadas por valores culturais e pelos padrões clínicos reconhecidos pela ciência.


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Artigo

A comunidade como local de protagonismo na integração ensino-serviço e atuação multiprofissional

Aguiar Neta, A;
Alves, M. d. S. C. F.

10.1590/1981-7746-sip00089

A comunidade como local de protagonismo na integração ensino-serviço e atuação multiprofissional

A discussão atual sobre educação e saúde tem mostrado a necessidade de maior integração entre os serviços de saúde e a academia. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde propõe a disseminação de capacidade pedagógica no Sistema Único de Saúde, de modo que a rede pública de saúde passe a constituir-se num espaço de ensino-aprendizagem no exercício do trabalho. O objetivo que se estabeleceu foi o de conhecer o processo de integração entre o ensino e o serviço de saúde na Atenção Básica em Saúde, a partir da atuação dos preceptores no processo de formação dos estudantes dos cursos de graduação da área da saúde na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A entrevista semiestruturada e a observação direta foram as técnicas escolhidas, e a análise dos dados, feita com base na abordagem hermenêutica-dialética, mostrou que a atuação dos preceptores se constitui em uma importante estratégia para viabilizar a integração ensino-serviço. A conclusão indica para a compreensão de que os profissionais envolvidos na preceptoria se educam enquanto educam, bem como de que o processo educativo é permeado por saberes e experiências heterogêneas, fator altamente favorável à formação dos estudantes e profissionais.


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Artigo

Espiritualidade e saúde: uma experiência na graduação em medicina e enfermagem

Reginato, V;
Benedetto, M A C D;
Gallian, D. M. C.

10.1590/1981-7746-sip00100

Espiritualidade e saúde: uma experiência na graduação em medicina e enfermagem

Pesquisas demonstram que, ainda hoje, a espiritualidade representa um aspecto importante na vida humana. As conquistas do modelo biomecânico de ensino e prática da medicina não conseguiram ofuscar o papel que a espiritualidade ocupa no processo saúde-doença. Seguindo uma tendência que ocorre em escolas médicas de todo o mundo, os autores introduziram, na Universidade Federal de São Paulo, a disciplina eletiva – Espiritualidade e Medicina – dirigida a estudantes de medicina e enfermagem com o objetivo de promover o reconhecimento da dimensão espiritual do paciente e, consequentemente, um atendimento mais humanizado. Após quatro anos de curso, procedeu-se a um estudo qualitativo para determinar o perfil dos estudantes que escolheram a disciplina eletiva, sua percepção em relação ao tema espiritualidade e saúde e a importância atribuída ao curso no que concerne à sua formação pessoal, profissional e humanística. Os textos produzidos pelos alunos durante o curso constituíram a principal fonte de dados. A interpretação dos dados foi realizada por meio de um enfoque da fenomenologia hermenêutica e evidenciou os seguintes temas: busca de sentido da vida; independência entre concepções acerca de Deus e espiritualidade e a importância atribuída à disciplina; espiritualidade e humanização; e espiritualidade, cuidado de si e autoconhecimento.


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Artigo

Interdisciplinaridade e formação na área de farmácia

Sousa, I F d;
Bastos, P. R. H. d. O.

10.1590/1981-7746-sip00092

Interdisciplinaridade e formação na área de farmácia

A interdisciplinaridade apresenta-se como um desafio e uma necessidade do setor saúde, tendo em vista o redirecionamento do modelo assistencial. Este estudo objetivou desvelar a compreensão de coordenadores de cursos de graduação em Farmácia da região Centro-Oeste do Brasil sobre a interdisciplinaridade na formação do farmacêutico. Utilizou-se a abordagem qualitativa, no pressuposto metodológico da fenomenologia, segundo a modalidade do fenômeno situado. Foram coletados 16 depoimentos entre junho de 2011 e abril de 2012 e submetidos à descrição, redução e interpretação fenomenológica. A construção dos resultados foi realizada com base nas análises ideográfica e nomotética dos depoimentos, dos quais emergiram 12 temas, agrupados em três categorias principais: interdisciplinaridade no currículo, interdisciplinaridade na formação do farmacêutico e interdisciplinaridade na atuação do farmacêutico no sistema de saúde. Alguns resultados revelados referem-se à necessidade de compreender melhor como a interdisciplinaridade dialoga com o currículo de Farmácia e à superação de obstáculos técnicos e políticos que impedem a prática interdisciplinar efetiva na formação dos farmacêuticos, entre eles a falta de capacitação docente e as disputas de poder entre áreas.


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Artigo

Singularidades no processo de trabalho entre técnicos em saúde bucal e cirurgiões-dentistas

Galvêas, E A;
Oliveira, A E;
Esposti, C D D;
Santos Neto, E. T. d.

10.1590/1981-7746-sip00091

Singularidades no processo de trabalho entre técnicos em saúde bucal e cirurgiões-dentistas

Objetivou-se neste estudo compreender a relação entre técnicos em saúde bucal e cirurgiões-dentistas no trabalho e os fatores que podem favorecer ou dificultar essa relação. Para análise da percepção dos técnicos em saúde bucal sobre os possíveis encontros e desencontros da relação no trabalho com os cirurgiões-dentistas, realizou-se um grupo focal com oito desses trabalhadores do Sistema Único de Saúde de municípios da Grande Vitória, Espírito Santo. A análise de conteúdo temática revelou três categorias: Perfil e mercado de trabalho; Condições de trabalho e infraestrutura; e Formação profissional, processo de trabalho e relação interpessoal. A complexidade do trabalho foi evidenciada, dentro do campo de interesses, poder e resistências, envolvendo tanto os técnicos quanto os cirurgiões-dentistas numa matriz geradora de comportamentos. Também existe forte influência do sistema de formação desses trabalhadores, da infraestrutura e das condições de trabalho e do perfil profissional no processo de trabalho da equipe em saúde bucal. Vislumbrou-se na comunicação a mediação, construindo novos encontros. Considera-se que muitos são os entraves para a relação entre técnicos em saúde bucal e cirurgiões-dentistas no trabalho, e vislumbra-se na comunicação a mediação, construindo novos encontros e representando alternativas para profanação do instituído, com superação dos desafios nas relações de poder.


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Artigo

Formação profissional e integração com a rede básica de saúde

Vieira, L M;
Sgavioli, C d A P e P;
Simionato, E M R S;
Inoue, E S Y;
et al.

10.1590/1981-7746-sip00093

Formação profissional e integração com a rede básica de saúde

A integração entre ensino e serviço proporciona melhor capacitação do docente, do estudante e do profissional do serviço de saúde, e assim garante ações e serviços de qualidade à população. Este estudo teve como objetivo reorientar a formação dos profissionais dos cursos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Sagrado Coração, Bauru, São Paulo, em consonância com o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde II. Nestes cursos, foram reorganizadas as suas matrizes curriculares, incluindo a adequação do ensino às demandas sociais, do mercado de trabalho e a incorporação de novas tecnologias educacionais. A partir desta análise, criou-se um grupo de disciplinas comum a todos os cursos de saúde da instituição, ou seja, desenvolveu-se uma identidade que caracteriza o perfil do profissional dos cursos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Sagrado Coração. Os resultados foram a formação do profissional com competência para atuar como gestor e multiplicador dos princípios do Sistema Único de Saúde, o incremento no processo de capacitação do profissional em serviço e a promoção do trabalho multiprofissional. Para os usuários, os resultados revertem-se em melhoria da qualidade dos serviços recebidos.


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Ensaio

O ‘direito ao trabalho’, saúde, educação e o nascimento do estado social

Varela, R;
Pereira, L. B.

10.1590/1981-7746-sip00088

O ‘direito ao trabalho’, saúde, educação e o nascimento do estado social

O golpe militar de 25 de Abril de 1974 em Portugal determina a entrada em cena dos trabalhadores e sectores intermédios da sociedade. Há uma ligação histórica entre as conquistas dos direitos sociais e o desenvolvimento do controlo operário no processo revolucionário a partir de fevereiro de 1975. O Governo vai neste momento pôr em prática uma série de medidas sociais que visavam impedir a insurreição e que, grosso modo, vão constituir aquilo que se determinou chamar Estado social, isto é, a alocação de recursos para o trabalho através das funções sociais do Estado (educação, saúde, segurança social, lazer, desporto, transportes públicos subsidiados, rendas subsidiadas etc.)., contra, aliás, as ordens da própria direcção militar que tinha posto fim à ditadura, o Movimento das Forças Armadas. A partir de março de 1975, com a generalização da constituição de comissões de trabalhadores e de moradores, o início da reforma agrária, e o questionamento da propriedade privada (processo que se dá por acção dos trabalhadores, muitas vezes em luta contra os despedimentos ou a descapitalização e abandono de empresas e não por estratégia da sua direcção política principal, o Partido Comunista Português), a revolução portuguesa sofre um salto qualitativo, transformando-se numa situação revolucionária de tipo ‘soviético’.


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Resenha

Saúde coletiva: teoria e prática

Fraga, L;
Carneiro, C. C. G.

10.1590/1981-7746-sip00104

Saúde coletiva: teoria e prática


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Entrevista

Domingos Sávio Alves

, G. d. T. e. S. M. d. L. d. A. à. S. d. E. P. d. S. J. V. F. O. C.

10.1590/1981-7746-sip00105

Domingos Sávio Alves

Domingos Sávio do Nascimento Alves é médico neurologista e sanitarista, com especialização em Psiquiatria Social pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz). Desde a década de 1980, como médico e duas vezes diretor da Colônia Juliano Moreira, e durante os anos 1990, como coordenador da Área Técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde, tem sido um dos protagonistas do processo de Reforma Psiquiátrica no país. A partir do final da década de 1990, além de consultor eventual do Ministério da Saúde, foi um dos diretores e último presidente do Instituto Franco Basaglia, organização não governamental do Rio de Janeiro que atuava na defesa dos direitos das pessoas com transtornos mentais. Nesta entrevista,1 Domingos aborda a presente e conflituosa situação da nomeação,2 pelo ministro da Saúde, de um inegável crítico da reforma e elabora uma breve análise dos principais avanços e desafios deste processo.


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