e-ISSN: 1981-7746
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Este ensaio teve por objetivo analisar como ideologias e políticas públicas influenciam no currículo dos cursos de graduação em saúde. Discute-se a tecnificação do ensino superior, em que os cursos de graduação em saúde apresentam uma lógica especializada, fragmentada e produtivista do cuidado em saúde, e cujos currículos permitem a reprodução acrítica da visão de mundo hegemônica. Nesse caminho, constroem-se as identidades profissionais de sujeitos cujas representações sociais estão influenciadas pelo sistema de valores privados com ideias e prescrições que penetram na subjetividade dos educandos e educadores. Entretanto, na perspectiva dialética do processo educativo, a dominação não suprime a possibilidade de resistência, por isso é que se busca analisar alguns espaços de lutas contraideológicas, assim como discutir os desafios na construção de currículos que valorizem o diálogo sobre a realidade histórica de desigualdade no país e estimule a tomada de consciência crítica para a transformação social. Essa perspectiva permite a construção de um ambiente político mais plural e dinâmico em que se perceba a universidade como espaço de formação humana e cidadã abrangente, comprometida e coerente com o Sistema Único de Saúde.
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