A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Identificação e notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por médicos de família no Ceará

  • Geraldo Bezerra da Silva Junior
  • Ana Carine Arruda Rolim
  • Gracyelle Alves Remigio Moreira
  • Carlos Roberto Silveira Corrêa
  • Luiza Jane Eyre de Souza Vieira
  • Geraldo Bezerra da Silva Junior

    Universidade de Fortaleza, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Curso de Medicina. Fortaleza, Ceará.

    Ana Carine Arruda Rolim

    Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Campinas, São Paulo.

    Gracyelle Alves Remigio Moreira

    Associação Ampla Universidade Estadual do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade de Fortaleza, Programa de Doutorado em Saúde Coletiva, Fortaleza, Ceará.

    Carlos Roberto Silveira Corrêa

    Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Campinas, São Paulo.

    Luiza Jane Eyre de Souza Vieira

    Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, Ceará.



Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados à identificação e notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes no exercício da prática de médicos que atuam na atenção primária, assim como a influência de sua formação para essa prática. A pesquisa abrangeu 227 médicos da Estratégia Saúde da Família em municípios cearenses, nos anos de 2010 a 2012. Realizaram-se análises bivariada e multivariada por regressão logística de dados de questionários dirigidos aos participantes. A maioria referiu não ter participado de treinamento sobre o assunto na graduação (73,6%), não conhecia a ficha de notificação de violência (59%) e relatou que a unidade em que trabalhava não tinha a ficha (80,5%). A maior parte também referiu não conhecer instituições de assistência à s vítimas de maus-tratos (85,6%). Dos participantes, 53,1% identificaram pelo menos um caso de maus-tratos contra criança e adolescente durante a prática profissional, e destes, 52,6% notificaram o caso. Tempo de formado, conhecimento da ficha de notificação e confiança nos órgãos de proteção estavam associados à identificação de maus-tratos. Os fatores para a notificação foram: presença da ficha de notificação na unidade e conhecimento de local para onde encaminhar as vítimas. Concluiu-se que a identificação desse problema e o manejo de sua notificação deveriam ser discutidos e orientados durante a formação médica.

Palavras-chave

violência doméstica,
criança,
adolescente,
notificação de abuso,
atenção primária à saúde

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