A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Edição Atual | v. 17 n. 2 (2019)

Publicação contínua
Artigo

Análise dos discursos referentes à educação permanente em saúde no Brasil (1970 a 2005)

Silva, K L d;
França, B D;
Marques, R d C;
Matos, J. A. V. d.

10.1590/1981-7746-sol00192

Análise dos discursos referentes à educação permanente em saúde no Brasil (1970 a 2005)

O objetivo foi analisar o processo de construção da Educação Permanente em Saúde, identificando suas transformações, continuidades e rupturas no contexto sócio-histórico da década de 1970 a 2005. Estudo ancorado no referencial teórico-metodológico da Análise Crítica do Discurso. Com base em entrevistas realizadas com representantes da elaboração e gestão da política da Educação Permanente em Saúde, em diferentes momentos históricos, buscamos compreender o contexto, os textos e os atores sociais que compõem o discurso em cada época. Indicam um processo caracterizado por continuidades e rupturas, influenciado pelas ideologias que marcam variações discursivas em cada momento. Deste modo, os discursos da centralidade do trabalho, com suas demandas de profissionalização, qualificação e capacitação, convivem com os discursos da centralidade do sujeito e com suas necessidades de saber e aprender no e com o cotidiano. Compreende-se que a Educação Permanente em Saúde no Brasil vem sendo reconfigurada sob determinadas influências políticas, ideológicas e epistemológicas.


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Artigo

Núcleo ampliado de saúde da família e atenção Básica: análise do processo de trabalho

Nascimento, A G d;
Cordeiro, J. C.

10.1590/1981-7746-sol00194

Núcleo ampliado de saúde da família e atenção Básica: análise do processo de trabalho

O artigo tem o objetivo de analisar o processo de trabalho de uma equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica localizado em um município de Pernambuco. Trata-se de um estudo de caso com enfoque qualitativo, de caráter analítico-descritivo. As técnicas empregadas para a coleta de dados foram os grupos focais e mapas analíticos; para organização e análise, adotou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. A análise do processo de trabalho revelou concepções no discurso da equipe de um ‘dever ser’ pautado no que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Entretanto, foram identificados os seguintes aspectos: há pouco êxito em executar o apoio matricial; não há sucesso na construção de pactuações sobre o processo de trabalho; o trabalho é fragmentado e com foco assistencialista; não há utilização de tecnologias de análise e intervenção familiar e populacional. Observouse, também, escassa prática de planejamento das ações. Isso revela uma atuação distante do que se concebe como adequada pela própria equipe. Fatores problemáticos, internos e externos à equipe foram identificados. Indicase partir de uma análise do processo de trabalho realizada
pela própria equipe, contribuindo para o alcance de maior resolutividade.


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Artigo

Modificações nos indicadores sociais da região nordeste após a implementação da atenção primária

Carvalho , F C D d;
Vasconcelos , T B d;
Arruda, G M M S;
Macena, R. H. M.

10.1590/1981-7746-sol00189

Modificações nos indicadores sociais da região nordeste após a implementação da atenção primária

O objetivo foi descrever a implementação da Atenção Primária à Saúde no Nordeste brasileiro e sua correlação com os indicadores sociais. Trata-se de estudo ecológico com dados do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, tendo como variável de estudo o número de Agentes Comunitário de Saúde, Equipes de Saúde da Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família. O cálculo da tendência temporal de Agentes Comunitários de Saúde e Equipes de Saúde da Família foi realizado por regressão joinpoint de Poisson. Foi observada correlação forte (r ≥ 0,7) entre os indicadores sociais e a implantação da Atenção Primária à Saúde e do Núcleo de Saúde da Família na região Nordeste, esgotamento
sanitário ina-dequado, taxa de fecundidade total, domicílio com água encanada, percentual de domicílios com coleta de lixo, esperança de vida ao nascer, taxa de envelhecimento e probabilidade de sobreviver até 60 anos. As variáveis de desenvolvimento e de saúde apresentaram modificação no coeficiente de correlação e de determinação, com significância estatística (p <0,05). Há uma tendência temporal de crescimento na implantação da Atenção Primária à Saúde no Nordeste, bem como a existência de forte correlação entre os indicadores sociais e de saúde.


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Artigo

Nomeação e institucionalização da saúde do trabalhador: um campo em disputa

La-Rotta, E I G;
Pfeiffer , C R C;
Corrêa-Filho, H R;
Corrêa, C R S;
et al.

10.1590/1981-7746-sol00179

Nomeação e institucionalização da saúde do trabalhador: um campo em disputa

Considerando a dispersão de sentidos que constitui a nomeação da área ‘Saúde do Trabalhador’, buscou-se compreender o que está em jogo nas constantes mudanças da nomenclatura nesse campo. Essas alterações ocorrem em uma linha do tempo, mas concomitantemente. Seu marco inaugural foi encontrado na estabilidade do nome ‘medicina do trabalho’, nome institucionalizado pela Organização Internacional do Trabalho, no início da segunda metade do século XX. Desse primeiro gesto de nomeação, seguem outros, estabelecidos em relações tensas e contraditórias de substituição, recobrimento e concorrência como: saúde ocupacional, saúde e segurança no trabalho, e, mais contemporaneamente, em meio a estas variações, encontrou-se o acréscimo do termo ‘Saúde do Trabalhador’. O penúltimo nome é o mais estável e acionado pelas instâncias internacionais e empresariais.


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Artigo

Funcionamentos de instituições em cenas de uso de crack: um estudo etnográfico

Funcionamentos de instituições em cenas de uso de crack: um estudo etnográfico

Na pesquisa que deu origem a este artigo, realizada na cidade do Rio de Janeiro, de 2013 a 2015, analisaram-se os funcionamentos das instituições em relação às cenas de uso de crack e as pessoas que as frequentam, com o objetivo de torná-los inteligíveis. Na perspectiva do encontro entre o Consultório na Rua e aquelas pessoas presentes nessas cenas e que se tornaram, ou não, suas usuárias, joga-se luz sobre as relações tecidas entre essa população e o crack , o próprio Consultório na Rua e instituições como a polícia, a assistência social e outros serviços de saúde. Com base nos dados produzidos pela
etnografia, podem ser compreendidos dois polos de ação institucional: um que se aproxima do fazer morrer ou deixar viver, exercendo mesmo um poder soberano de decisão; e aquele segundo o qual a instituição se oferece como apoio existencial e, para tanto, modifica-se a partir do encontro com aquelas pessoas que busca atender. Conclui-se que as inovações, existentes e possíveis, nos serviços de saúde decorrem desse funcionamento no qual as instituições, por meio do que se chamou ‘responsabilidade institucional’, se abrem às transformações acionadas por uma ‘potência minoritária’


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Artigo

Representações dos estudantes de enfermagem sobre sexualidade: entre estereótipos e tabus

Silva, T R d F;
Fernandes, S E T;
Alves, N R;
Farias , A J A d;
et al.

10.1590/1981-7746-sol00202

Representações dos estudantes de enfermagem sobre sexualidade: entre estereótipos e tabus

Considerando a sexualidade como parte fundamental da vida humana, esse estudo buscou compreender como os estudantes de enfermagem representam
a sexualidade. Optou-se por estudo com delineamento qualitativo, ancorado na teoria das Representações Sociais. A população do estudo foi composta por acadêmicos do curso de graduação em uma instituição pública. A coleta de dados foi realizada por meio da técnica de grupo focal, orientado por um roteiro. A análise foi realizada como auxílio do IRaMuTeQ versão 0.7 alpha 2 e embasada na Análise de Conteúdo. A sexualidade foi representada como algo a ser velado no âmbito familiar e escolar. Apesar da formação ter se revelado como um fator que contribuiu na mudança de concepção sobre a sexualidade, sentimentos como vergonha e timidez se fizeram presentes durante as práticas dos estudantes, constatando que as representações se ancoram em
estereótipos e tabus. Assim, é visível a necessidade de mais espaços de discussão no meio acadêmico e na sociedade, de forma que não se limite à teoria, mas que compreenda também a prática.


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Artigo

Alienação do trabalho médico: tensões sobre o modelo biomédico e o gerencialismo na atenção primária

Terra, L S V;
Campos , G. W. d. S.

10.1590/1981-7746-sol00191

Alienação do trabalho médico: tensões sobre o modelo biomédico e o gerencialismo na atenção primária

Com base na observação de que a perda de autonomia ante o mercado de capital e o gerencialismo contribuiu para o surgimento da alienação no trabalho
médico no Sistema Único de Saúde, procuramos analisar como se dá esse fenômeno na atenção primária à saúde. Em 2015 e 2016, entrevistamos e observamos o trabalho de 15 médicos do município de Campinas (São Paulo), refletindo a respeito de autonomia profissional clínica e gestão sobre o trabalho médico. A análise se deu por meio da construção de narrativas por núcleos temáticos, segundo referencial teórico marxista e os principais estudos acerca da profissão médica no Brasil. A partir de semelhanças nos discursos, forma de atuação e grau de alienação, dividimos os médicos em quatro modalidades: militante, sacerdote, missionário e tecnoburocrata. Concluímos que algumas dinâmicas aprofundam a alienação: o afastamento do planejamento; a fragmentação do cuidado; a predominância do modelo biomédico. Por sua vez, algumas características da atenção primária se relacionam a menor grau de alienação: a prática ampliada no território e menos focada em ações programáticas; a constituição em equipes; o diálogo e o compartilhamento de saberes; a maior participação dos usuários no próprio cuidado e no serviço de saúde.


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Artigo

Invisibilização do adoecimento psíquico do trabalhador: limites da integralidade na rede de atenção à saúde

Melo, C d F;
Cavalcante , A K S;
Façanha, K. Q.

10.1590/1981-7746-sol00201

Invisibilização do adoecimento psíquico do trabalhador: limites da integralidade na rede de atenção à saúde

O trabalho tem um papel fundamental para o ser humano se manter socialmente produtivo e reconhecido. Neste contexto, a saúde mental tem recebido
uma atenção diferenciada nas últimas décadas. Em meio à precarização, desvalorização do trabalhador, inovações tecnológicas e iminência do desemprego,
ocorrem impactos negativos na saúde do trabalhador e, consequentemente, um maior índice de afastamentos por doenças psíquicas. Esta pesquisa objetivou compreender como funciona a assistência à saúde mental do trabalhador no Sistema Único de Saúde em um município do interior do Ceará e se há estabelecimento do nexo causal entre saúde, doença e trabalho. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, que contou com 12 participantes ‒ usuários e profissionais que responderam a um roteiro de entrevista semiestruturado. As informações dos profissionais foram analisadas no software Iramuteq e as dos usuários foram submetidas à análise de conteúdo de Bardin. Os resultados apontam falhas nas ações propostas pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, desarticulação dos serviços na rede, dificuldade de investigação do nexo causal e consequente subnotificação dos casos. Conclui-se que é necessário construir articulações entre serviços de saúde para ter uma atenção mais integral em saúde.


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Artigo

Representações sociais de trabalhadores da atenção básica à saúde sobre pessoas LGBT

Silva, A L R d;
Finkler, M;
Moretti-Pires, R. O.

10.1590/1981-7746-sol00197

Representações sociais de trabalhadores da atenção básica à saúde sobre pessoas LGBT

No Brasil, apesar dos avanços na garantia dos direitos humanos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, elas continuam em importante situação de vulneração. O objetivo desta pesquisa bioética foi compreender as representações sociais dos trabalhadores da Atenção Básica à Saúde sobre essas pessoas, partindo-se da premissa que podem atuar como barreiras de acesso às ações e serviços. Foram entrevistados 15 trabalhadores(as) da rede de Florianópolis/SC. Os dados coletados foram qualitativamente analisados à luz da Teoria das Representações Sociais, por meio da análise temática de conteúdo. Os resultados revelaram que as representações sociais dos trabalhadores estão fortemente ancoradas em morais
religiosas e heterônomas, compreendendo as pessoas em questão a partir de uma ideia de promiscuidade, de risco a infecções sexualmente transmissíveis, de estereótipos, e entendendo sua sexualidade e identidade de gênero como incorretas, determinadas biologicamente ou, ainda, como antinaturais, sujeitas a uma questão de escolha pessoal. A sexualidade é uma dimensão da vida privada que não pode continuar refém do moralismo. As representações sociais precisam ser trabalhadas nos contextos da educação e do trabalho em saúde, a fim de ampliar o acesso da população em foco às ações e serviços, bem como a qualidade assistencial.


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Artigo

Diálogos entre o conceito de experiência em Walter Benjamin e a clínica da atividade

Barros , M E B d;
Freitas, M C d A;
Chambela, S. M. G.

10.1590/1981-7746-sol00204

Diálogos entre o conceito de experiência em Walter Benjamin e a clínica da atividade

O estudo que deu origem a este artigo, realizado em Vitória (ES) em 2016, teve como objetivo discutir o conceito de experiência na obra de Walter Benjamin e possíveis intercessões com as formulações em Clínica da Atividade. Buscou pensar tais limiares, produzir inflexões no campo das clínicas do trabalho, e com esse objetivo apresentar um leque de questões conceituais e metodológicas com base nas contribuições benjaminianas. O texto se organizou de acordo com conceitos que compõem a Clínica da Atividade, em especial o conceito de atividade, e o modo como essa clínica aborda a questão da experiência. Em seguida, destacou-se o conceito de experiência em Benjamin e buscou-se estabelecer um diálogo entre os conceitos de atividade e experiência nessas abordagens. A análise procurou mostrar a importância dessa confrontação conceitual-metodológica quando a transformação dos
mundos do trabalho se apresenta como direção éticopolítica. Concluiu-se que nem o conceito de experiência em Benjamin nem o de atividade em Clínica da Atividade podem ser tomados como da ordem da privatização da experiência humana, indicando a dimensão sempre coletiva dos processos de trabalho.


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Artigo

Processo de socialização na formação identitária do estudante de medicina

Machado , C D B;
Wuo, A. S.

10.1590/1981-7746-sol00208

Processo de socialização na formação identitária do estudante de medicina

Este artigo teve por objetivo evidenciar e analisar as mudanças relativas às expectativas do tornar-se médico ao longo da graduação em medicina.
Fizeram parte da pesquisa, realizada entre abril e junho de 2018, estudantes de medicina matriculados na primeira, quinta, oitava e décima segunda fases de uma instituição pública de Ensino Superior de Santa Catarina. Após aplicação de questionário, foram analisadas 145 respostas à seguinte pergunta: Por que você escolheu cursar medicina? Por meio de análise de conteúdo, evidenciou a presença crescente, no decorrer do curso, por aquilo que denominamos de ‘retorno financeiro’ e, de maneira inversa, o decrescente interesse por ‘ajudar ao próximo’. Os resultados, analisados com base em teorias que abordam os processos de socialização e de formação identitária mostraram que, apesar de inseridos em realidades socioculturais distintas, os indivíduos se encontram envoltos por ritos e estereótipos comuns, socialmente convencionados por padrões social e historicamente construídos pelo processo de constituição da identidade médica.


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Artigo

Residências integradas em saúde mental: para além do tecnicismo

Lima, I C B F;
Passos, I. C. F.

10.1590/1981-7746-sol00209

Residências integradas em saúde mental: para além do tecnicismo

Este estudo objetivou analisar, à luz das discussões sobre educação interprofissional e práticas colaborativas no contexto da reforma psiquiátrica, o projeto político-pedagógico de um programa de residências integradas em saúde mental em curso em Belo Horizonte, Minas Gerais. Mediante abordagem qualitativa, foi realizada análise de conteúdo temática do projeto político-pedagógico do programa, que resultou em três temas amplos: perspectiva teórico-pedagógica; diversificação das estratégias de cuidado; trabalho multiprofissional na lógica interdisciplinar. As informações que emergiram foram complementadas e aprofundadas com a realização de entrevistas semiestruturadas com atores envolvidos na preceptoria e na coordenação do programa. Entre os achados, destacamos a potencialidade do programa para o fortalecimento do processo de desinstitucionalização e de qualificação da política pública de saúde mental, ao possibilitar uma aprendizagem conjunta entre residentes de diferentes áreas e trabalhadores dos serviços envolvidos. Por meio do desenvolvimento de competências necessárias para a realização de um trabalho coletivo e comprometido com a integralidade da assistência em saúde, o programa reforça a necessidade da interprofissionalidade e das práticas colaborativas, indo além do tecnicismo. A aposta na rede de atenção psicossocial como local privilegiado para processos de ensino-aprendizagem, sem a utilização do hospital psiquiátrico, questiona práticas de formação estagnadas e possibilita a ampliação das formas de cuidado.


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Artigo

Condições sociais, escolarização e hábitos de estudo no desempenho acadêmico de concluintes da área da saúde social

Noro , L R A;
Moya, J. L. M.

10.1590/1981-7746-sol00210

Condições sociais, escolarização e hábitos de estudo no desempenho acadêmico de concluintes da área da saúde social

Vários fatores contribuem para a dificuldade no acesso e permanência na Educação Superior no Brasil. O objetivo deste estudo foi identificar a diferença de
desempenho dos estudantes por condições socioeconômicas, escolarização e hábitos de estudo. Foi realizado estudo transversal analítico com base nos dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, em amostra de 196.856 alunos dos cursos de saúde em 2013. A nítida barreira que estudantes de classes sociais menos favorecidas apresentam para ingresso e permanência na Educação Superior requer uma permanente busca de maior justiça social. Enquanto se mantiver a atual situação, é papel do governo proporcionar estratégias que viabilizem o acesso à Educação Superior por meio de políticas afirmativas e recursos para viabilizar que pessoas com piores condições socioeconômicas possam investir em sua formação. A bolsa-permanência apresentou-se como essencial na busca da equidade, assim como a bolsa acadêmica permitiu melhor desempenho, em especial, pelo maior vínculo com a Instituição de Educação Superior.


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Ensaio

Cuidado clínico e sobremedicalização na atenção primária à saúde

Cuidado clínico e sobremedicalização na atenção primária à saúde

Este ensaio analisa a sobremedicalização (medicalização desnecessária e indesejável) gerada no cuidado médico aos adoecidos na atenção primária à saúde, discute como ocorre e como evitá-la. Articula na análise três grupos de concepções/saberes: concepções de doença (dinâmicas/ontológicas); concepções de causação (ascendente/multidirecional); eixos conceituais estruturantes do saber médico (anatomopatológico, fisiopatológico, semiológico, epidemiológico). A sobremedicalização deriva dos movimentos cognitivos dos profissionais na elaboração diagnóstica e terapêutica. Ela nasce da associação da concepção ontológica de doença com causação ascendente (fluxo causal que vai dos elementos materiais mais simples a dimensões e níveis mais complexos), em articulação com sobrevalorização do eixo anatomopatológico, geradora de excessivas intervenções diagnósticas e farmacoterapêuticas. Para evitar a sobremedicalização, propomos a associação virtuosa da concepção dinâmica de doença, com causação multidirecional e uso equilibrado dos eixos conceituais das doenças. Isso facilita: escuta qualificada; contextualização dos casos; mais criterioso uso de exames complementares; reconhecimento dos limites diagnósticos biomédicos; superação da razão metonímica (que despreza tudo o que não é saber cientificamente consagrado); amplificação da interpretação para além das 'doenças' e dos tratamentos para além dos fármacos/cirurgias, explorando os saberes dos usuários e profissionais, práticas complementares e a devolução de problemas para o manejo autônomo apoiado.


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Ensaio

Educação e saúde na escola e a contrarreforma do ensino médio: resistir para não retroceder

Miranda, D N;
March, C;
Koifman, L.

10.1590/1981-7746-sol00207

Educação e saúde na escola e a contrarreforma do ensino médio: resistir para não retroceder

O artigo analisa o impacto das mudanças em curso, com base na aprovação da lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, na formação dos jovens, em particular na abordagem da saúde na escola. Debatemos como as alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, introduzidas pela referida lei, poderão afetar a educação em saúde no ambiente escolar, retomando o debate sobre a educação em saúde na escola, a proposição da saúde como tema transversal e a abordagem da saúde nos livros didáticos. A contrarreforma do ensino médio significará, na prática, a flexibilização ou a supressão de conteúdos anteriormente obrigatórios a partir da instauração de itinerários formativos e arranjos curriculares com potencial para subtrair o debate do campo das ciências sociais e humanas, das quais comumente têm-se a expectativa de contribuir para a superação das concepções e práticas estritamente biomédicas do processo saúde-doença. Consideramos que profissionais de saúde, professores, pesquisadores e estudantes devam ampliar esse debate e participar efetivamente da luta pela reversão da contrarreforma tal como aprovada.


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Resenha

A materialidade da cultura: uma nova forma de ler o mundo

Gomes, L. A. d. O.

10.1590/1981-7746-sol00206

A materialidade da cultura: uma nova forma de ler o mundo

ALBURQUERQUE, Gregorio G. de; VELASQUES, Muza C. C.; BATISTELLA, Renata Reis C. (Org.). Cultura, politecnia e imagem. Rio de Janeiro: EPSJV, 2017. 318 p


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Entrevista

Entrevista: Helena Hirata

Entrevista: Helena Hirata

Entrevista: Helena Hirata


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