A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Edição Atual | v. 13 n. 3 (2015)

Publicação contínua
Editorial

Elaboração de parecer: uma atividade na interface entre ensino e pesquisa

Elaboração de parecer: uma atividade na interface entre ensino e pesquisa

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Artigo

As mulheres e suas ‘lidas’: compreensões acerca de trabalho e saúde

Ebling, S B D;
Falkembach, E M F;
Nascimento, L A;
Silva, M M d;
et al.

10.1590/1981-7746-sip00065

As mulheres e suas ‘lidas’: compreensões acerca de trabalho e saúde

Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, desenvolvido em um assentamento rural do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra da região centro-ocidental do Rio Grande do Sul. Busca apresentar e discutir as concepções das mulheres assentadas em relação ao trabalho no interior do assentamento, abordando suas implicações na saúde da mulher. Os dados foram reunidos no decorrer de 2011, com nove mulheres residentes no assentamento, por meio de entrevista semiestruturada. Com base na análise temática, os resultados indicaram que o trabalho da mulher assentada é amplo e nem sempre reconhecido. No que se refere à saúde, constatou-se que as cidadãs na condição de assentadas estão expostas a vulnerabilidades, pois vivem em um espaço no qual o trabalho é eminentemente braçal, expostas aos fenômenos e instabilidades da natureza. Outra constatação resultante da pesquisa é a ampliação do espaço de participação da mulher nos negócios da família, inclusive com linhas de crédito específicas para as agricultoras, o que contribui para a emancipação feminina. Portanto, parece relevante a união de esforços no sentido de ampliar ações que subsidiem a elaboração de políticas públicas abrangentes ao contexto da realidade em que essas mulheres se inserem.


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Artigo

Metodologias participativas e educação permanente na formação de agentes comunitários/as de saúde

Rocha, N H N;
Bevilacqua, P D;
Barletto, M.

10.1590/1981-7746-sip00056

Metodologias participativas e educação permanente na formação de agentes comunitários/as de saúde

Busca-se neste texto refletir sobre o uso de metodologias participativas na educação permanente de agentes comunitários/as de saúde, numa discussão sobre os limites e potencialidades de tais metodologias estimularem reflexões e possíveis mudanças nas práticas cotidianas desses profissionais. Foram realizadas entrevistas e caminhadas transversais com os/as agentes, que resultaram em relatorias utilizadas como material de análise. Não seria simples mensurar o impacto que essa metodologia tem no processo de construção do pensamento reflexivo, mas a análise do potencial das metodologias participativas em atividades de formação de agentes comunitários da saúde permitiu perceber que houve empoderamento quanto aos temas abordados. Pôde-se compreender o quão significativas as metodologias se mostraram na abordagem das temáticas, especialmente nos temas ‘prevenção de doença e promoção da saúde’ e ‘violência de gênero’. Conclui-se que o fato de algo poder ser percebido com outros significados e sentidos possibilita outros modos da produção de práticas cotidianas.


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Artigo

Modelo de equações de diferenças finitas aplicado ao sistema de saúde suplementar

Freitas, M A L d;
Silva, A. S. d.

10.1590/1981-7746-sip00055

Modelo de equações de diferenças finitas aplicado ao sistema de saúde suplementar

Este estudo usa um modelo teórico e um modelo empírico, baseado em equações de diferenças finitas e equação de regressão linear, para analisar a tendência do mercado de seguro de saúde suplementar no Brasil. A resolução do modelo de equações de diferenças finitas gera três cenários possíveis para o mercado: no primeiro, haveria crescimento infinito dos recursos disponíveis no setor; no segundo, haveria estabilidade, dada a complementaridade da soma da fração da despesa com a fração do lucro, ambas calculadas sobre a receita: os recursos disponíveis no setor se situariam em torno do volume da contribuição inicial paga pelos indivíduos, estimada por regressão linear; finalmente, no terceiro cenário, o sistema seria levado à exaustão. Os resultados mostram que o sistema é sustentável no longo prazo.


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Artigo

Educação permanente em saúde como prática avaliativa amistosa à integralidade em Teresópolis, Rio de janeiro

Yamamoto, T S;
Machado, M T C;
Junior, A. G. d. S.

10.1590/1981-7746-sip00058

Educação permanente em saúde como prática avaliativa amistosa à integralidade em Teresópolis, Rio de janeiro

O objetivo deste artigo é discutir o papel da educação permanente em saúde como prática avaliativa amistosa à integralidade no cotidiano dos serviços de saúde, além de sua influência na mudança do processo de trabalho das equipes de saúde da família, tomando como exemplo a experiência do município de Teresópolis, no Rio de Janeiro, em 2007 e 2008. Realizou-se uma pesquisa qualitativa de abordagem descritiva. A base teórica compôs-se de revisão bibliográfica, análise de documentos oficiais, atas das reuniões dos facilitadores com a coordenadora do grupo e atas da Comissão Intergestores Bipartite. O campo de observação consistiu de entrevista semiestruturada com o grupo de facilitadores. Para o estudo das entrevistas e atas, optou-se pela análise de conteúdo e efetuou-se o cotejamento das fontes como prova eficiente de validação. Percebeu-se que os profissionais ainda têm dificuldade em reconhecer como ferramentas de avaliação instrumentos que não os oficiais. No entanto, em Teresópolis, a prática de educação permanente foi capaz de promover mudanças no processo de trabalho, viabilizar formação crítica e reflexiva dos atuais e futuros profissionais de saúde, fortalecer a participação social e aproximar a gestão das questões locais de saúde, comprovando que pode ser considerada uma prática avaliativa amistosa à integralidade.


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Artigo

Criança e adolescente cronicamente adoecidos e a escolarização durante a internação hospitalar

Ferreira, M K M;
Gomes, I L V;
Figueiredo, S V;
Queiroz, M V O;
et al.

10.1590/1981-7746-sol00001

Criança e adolescente cronicamente adoecidos e a escolarização durante a internação hospitalar

Este artigo teve como objetivo identificar as propostas de escolarização no ambiente hospitalar, sua implementação direcionada às crianças e aos adolescentes cronicamente adoecidos e compreender a percepção deles acerca da sua escolarização nesse ambiente. Desenvolveu-se uma pesquisa em hospital de referência pediátrica de Fortaleza, estado do Ceará, no período de março a maio de 2013, por meio de entrevista semiestruturada, com oito crianças e adolescentes internados com condição crônica. Os dados foram submetidos à análise, elencando-se duas categorias: percepção de crianças e adolescentes hospitalizados acerca de sua escolarização; e distanciamento entre teoria e prática na escolarização de crianças e adolescentes hospitalizados. Observou-se que a tristeza emanada durante a internação das crianças e dos adolescentes, associada à saudade e ao afastamento da escola, as restrições impostas nas rotinas estabelecidas pela instituição e a condição clínica geraram imenso sofrimento nessas pessoas. Pouco se faz sobre a escolarização desses sujeitos, pois as atividades lúdicas e educativas efetivadas pelos profissionais da saúde não atendem a essa necessidade. Logo, concluímos ser essencial que a unidade hospitalar ofereça um acompanhamento educacional a essa clientela, dando continuidade ao processo de escolarização por meio da classe hospitalar, a fim de oferecer uma assistência integral atendendo às prerrogativas prescritas na legislação.


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Artigo

A atividade dos trabalhadores de enfermagem numa unidade hospitalar: entre normas e renormalizações

Fischborn, A F;
Viegas, M. F.

10.1590/1981-7746-sip00060

A atividade dos trabalhadores de enfermagem numa unidade hospitalar: entre normas e renormalizações

Este artigo é fruto de pesquisa que teve como objetivo compreender como ocorrem as relações entre normas e renormalizações numa instituição hospitalar, no contexto da divisão social do trabalho. Os sujeitos foram dois enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem do setor de um hospital situado na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Os métodos utilizados para a coleta de dados foram entrevista semiestruturada, observação participante, análise de documentos e diário de campo. Como resultado, foi possível compreender que o trabalho em saúde gera continuamente, no seu fazer diário, saberes imprescindíveis à sua realização. Porém, pelo caráter espontâneo de sua produção, tais saberes não são reconhecidos. Além disso, apesar de no trabalho prescrito a divisão do trabalho de enfermagem prever normas quanto à divisão de saberes, na atividade concreta de trabalho revelam-se trocas e produção de conhecimentos.


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Artigo

Integração academia-serviço na formação de enfermeiros em um hospital de ensino

Sales, P R d S;
Marin, M J S;
Filho, C. R. d. S.

10.1590/1981-7746-sip00057

Integração academia-serviço na formação de enfermeiros em um hospital de ensino

Este estudo propõe-se a compreender a integração academia-serviço na formação de enfermeiros. Utilizou-se a pesquisa qualitativa e, como referencial de análise, a hermenêutica dialética. Foram respondidos 24 questionários por docentes, enfermeiros assistenciais e estudantes de enfermagem da quarta série do curso de Enfermagem de uma instituição de ensino superior, que conta com um complexo hospitalar certificado como hospital de ensino. Constataram-se a existência de espaços de encontro entre os atores e a construção do conhecimento a partir da prática, possibilitando o desenvolvimento do cuidado individual, coletivo e de gestão. A integração academia-serviço estimula os profissionais do serviço a buscarem conhecimento e pesquisa e contribui para mudanças na prática e no comprometimento dos estudantes. Encontram-se dificuldades pela incompatibilidade das agendas dos docentes e enfermeiros, pouco envolvimento docente com a prática, sobrecarga e despreparo do enfermeiro para o ensino, além da falta de compreensão da equipe multiprofissional quanto ao papel do hospital de ensino. Indicam-se a necessidade de adequação das estruturas e a ampliação dos espaços de diálogo, com maior envolvimento e decisões compartilhadas e, ainda, a qualificação do profissional do serviço. Depreende-se a necessidade de investimentos na qualificação do processo de integração ensino e serviço.


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Artigo

Prática gerencial do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família

Xavier-Gomes, L M;
Andrade-Barbosa, T L d;
Silva, C S O;
Lopes, J R;
et al.

10.1590/1981-7746-sip00067

Prática gerencial do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família

O presente estudo objetivou analisar a prática gerencial dos enfermeiros na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa pautada na fenomenologia sociológica de Alfred Schütz. Para a coleta de dados, realizou-se a entrevista semiestruturada. Os sujeitos da pesquisa foram 11 enfermeiros das equipes de saúde da família do município de Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, no período de agosto a novembro de 2009. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo, respeitando-se os preceitos éticos de pesquisa envolvendo seres humanos. Os resultados evidenciaram as seguintes categorias: “A percepção sobre o trabalho” e “Fatores intervenientes no trabalho”. Nos discursos, destaca-se a gestão de pessoas como importante ferramenta que permeia as relações entre a equipe de saúde. Em relação aos fatores dificultadores, os profissionais levantaram questões relacionadas à insatisfação, vivenciada na falta de reconhecimento do seu trabalho assistencial e gerencial. O fortalecimento da ação gerencial do enfermeiro é imprescindível na construção de uma prática autônoma e ampla no contexto da atenção primária à saúde.


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Artigo

O trabalho em equipe na enfermagem e os limites e possibilidades da Estratégia Saúde da Família

Duarte, M d L C;
Boeck, J. N.

10.1590/1981-7746-sip00054

O trabalho em equipe na enfermagem e os limites e possibilidades da Estratégia Saúde da Família

Este estudo buscou analisar a percepção dos profissionais de enfermagem sobre o trabalho em equipe em uma unidade da Estratégia Saúde da Família de um município do Sul do Brasil. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual se entrevistou a totalidade da equipe de enfermagem, compreendida por dois enfermeiros e seis técnicos de enfermagem. Com base na análise dos dados, emergiram duas categorias: limites encontrados para o trabalho em equipe; e possibilidades para um trabalho em equipe. Na primeira categoria evidenciaram-se algumas dificuldades, tais como gestão autoritária, entraves políticos, falta de motivação e reconhecimento e alta rotatividade de profissionais. Na segunda, os entrevistados sugeriram algumas possibilidades para o trabalho em equipe, como o conhecimento das habilidades de cada integrante da equipe, comunicação efetiva e reuniões de equipe. Conclui-se que os gestores de saúde devem aproximar-se mais dos trabalhadores e do cotidiano de trabalho dessas equipes, a fim de dar voz a esses profissionais, para promover a satisfação no trabalho e qualificar a assistência prestada à população.


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Artigo

Concepção de biossegurança de docentes do ensino técnico de enfermagem em um estado do sul do Brasil

Ribeiro, G;
Pires, D E P d;
Flôr, R. d. C.

10.1590/1981-7746-sol00002

Concepção de biossegurança de docentes do ensino técnico de enfermagem em um estado do sul do Brasil

O respeito a normas de biossegurança é fundamental para a realização de cuidados seguros, e o ensino na formação profissional em saúde desempenha papel fundamental nesse processo. Este artigo é resultado de pesquisa exploratório-descritiva, de abordagem qualitativa, com o objetivo de identificar as concepções de biossegurança de docentes do ensino técnico de enfermagem que atuam em instituições vinculadas à Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica de um estado do Sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com o universo dos enfermeiros docentes de duas instituições envolvidos em atividades supervisionadas de estágio durante o período de um mês, em 2012. Os resultados mostraram três visões de biossegurança: como sinônimo de equipamentos de proteção individual; como proteção dos envolvidos no trabalho; e como segurança da vida. Identificou-se, ainda, que o docente reproduz o que aprendeu na escola e toma decisões influenciado pelos cenários de sua prática. Concluiu-se que os docentes entendem a importância de adotar práticas laborais seguras e que o ensino influencia nas ações dos futuros profissionais; no entanto, a concepção de defesa da vida foi minoritária.


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Artigo

Análise crítica de saberes e práticas sobre alimentação de profissionais de saúde e de educação

Souza, T S N d;
Fonseca, A. B. C. d.

10.1590/1981-7746-sip00066

Análise crítica de saberes e práticas sobre alimentação de profissionais de saúde e de educação

Os saberes e práticas dos indivíduos se (re)produzem cotidianamente com base no entrelaçamento da bagagem pessoal com as relações humanas e sociais experimentadas nos diversos espaços coletivos. Nesse sentido, escolas e unidades de saúde se configuram como espaços privilegiados de atuação e investigação. O objetivo deste artigo é discutir os saberes e práticas relacionados à alimentação, questão central para o tema transversal saúde, por meio do diálogo com profissionais de educação e de saúde do município do Rio de Janeiro. Para isso, foram consideradas discussões desenvolvidas no âmbito da socioantropologia da alimentação. Foram utilizados métodos da pesquisa qualitativa, buscando valorizar as intersubjetividades e os significados atribuídos pelos sujeitos às suas próprias experiências de vida. Foram analisados quatro grupos focais, que resultaram em debates sobre os processos sociais relacionados à alimentação, às mudanças e permanências nos sistemas alimentares e aos desafios da comensalidade no contexto contemporâneo. O conhecimento das percepções desses profissionais torna-se útil para o desenvolvimento de práticas de educação em saúde que, exercitando a transdisciplinaridade, considerem a alimentação como elemento pedagógico na construção de conhecimentos por parte de cidadãos críticos e para uma vida saudável.


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Artigo

Promoção do consumo alimentar sustentável no contexto da alimentação escolar

Promoção do consumo alimentar sustentável no contexto da alimentação escolar

Este trabalho é sobre o consumo alimentar no contexto da alimentação escolar, entendendo-se esse espaço como fortemente propositivo na formação de hábitos alimentares saudáveis e de desenvolvimento sustentável. Relata o exemplo do município de Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul, e as ações relativas ao trabalho realizado com os escolares, conjugando mudanças no consumo e na produção de alimentos e ligando saúde e sustentabilidade. Utiliza fontes secundárias e observação participante. A partir de diagnóstico preocupante sobre o estado alimentar e nutricional dessa população, diversas atividades de promoção do consumo alimentar sustentável foram desenvolvidas, entre elas: revisão dos fornecedores e das cadeias de abastecimento, das formas de produção e da qualidade dos alimentos oferecidos; regulação relativa ao tipo de gêneros trazidos de casa; cuidado na formulação dos cardápios; e desenvolvimento de atividades educativas práticas que coadunassem a melhora dos hábitos alimentares com a valorização do meio rural. Foram verificados, neste caso, exemplos de práticas inovadoras, desenvolvidas de forma integrada, que articularam sinergicamente educação alimentar e nutricional com ações para a consolidação de um sistema agroalimentar sustentável.


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Artigo

Políticas curriculares na formação médica: aproximações e distanciamentos entre Brasil e Portugal

Junior, A d S M;
Bzrezinski, I.

10.1590/1981-7746-sip00059

Políticas curriculares na formação médica: aproximações e distanciamentos entre Brasil e Portugal

Este artigo trata de uma pesquisa qualitativa sobre as práticas e políticas curriculares relacionadas à formação médica. O método adotado foi o materialismo histórico dialético, num estudo comparado de dois casos. A amostra foi intencional, com recorte em dois cursos de Medicina: o da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Brasil) e o da Faculdade de Ciências da Saúde, da Universidade da Beira do Interior (Portugal). O objetivo geral era comparar as políticas curriculares para o ensino médico nos dois países e analisar as práticas de organização curricular vigentes nas duas instituições tendo em vista as políticas de cada país. Filosoficamente, a pesquisa se fundamentou na teoria do agir comunicativo de Habermas. As aproximações entre os dois cursos perseveram na matriz curricular com o ensino-aprendizagem centrado no aluno e no perfil do egresso. Os maiores distanciamentos se evidenciaram na proposta de inserção social, preconizada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, e no pressuposto da pesquisa e internacionalização da Faculdade de Ciências da Saúde, da Universidade da Beira do Interior. Concluiu-se que há necessidade de solidificação dos projetos pedagógicos atuais e de adoção de uma escola reflexiva com propostas reais, no sentido de vislumbrar a possibilidade de transformações sociais na realidade concreta.


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Ensaio

Trabalho docente: a cristalização de uma metáfora

Santos, G. B. d.

10.1590/1981-7746-sol00004

Trabalho docente: a cristalização de uma metáfora

A exigência de lidar diretamente com a subjetividade faz com que a educação apresente características muito peculiares, que desbordam os limites de qualquer organização lógica. Este ensaio põe no centro de suas reflexões os limites da metáfora do trabalho na educação, em sua função de modelar e, assim, explicar a atividade docente. Como doadora de sentido universal para as atividades humanas, a metáfora do trabalho, que não se reduz ao simples deslocamento de palavra, mas à transposição de um sentido enraizado, tornou-se excessiva e insuficiente para se pensar a tarefa da formação humana. Nesse sentido, a introdução do conceito de ação para elucidar a atividade docente surge com potencial representativo para a prática do professor, ali onde a metáfora do trabalho não consegue realizar plenamente.


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Resenha
Resenha

Trabalhadores técnicos em saúde: aspectos da qualificação profissional no SUS

Martins, M. I. C.

10.1590/1981-7746-sip00074

Trabalhadores técnicos em saúde: aspectos da qualificação profissional no SUS

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Agradecimentos aos pareceristas