A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Saúde mental e atenção básica: território, violência e o desafio das abordagens psicossociais

  • Nina Isabel Soalheiro dos Santos Prata
  • Daniel Groisman
  • Desiane Alves Martins
  • Elaine Teixeira Rabello
  • Flávio Sagnori Mota
  • Marco Aurélio Jorge
  • Mariana Lima Nogueira
  • Renata Ruiz Calicchio
  • Renata Veloso Vasconcelos
  • Nina Isabel Soalheiro dos Santos Prata

    Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

    Daniel Groisman

    Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    Desiane Alves Martins

    Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, Duque de Caxias, RJ, Brasil

    Elaine Teixeira Rabello

    Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    Flávio Sagnori Mota

    Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    Marco Aurélio Jorge

    Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    Mariana Lima Nogueira

    Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    Renata Ruiz Calicchio

    Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

    Renata Veloso Vasconcelos

    Fundação Oswaldo Cruz, doutoranda Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil



Resumo

Este artigo teve como objetivo discutir os desafios para a implementação das ações de saúde mental na Estratégia Saúde da Família na perspectiva da desinstitucionalização e territorialização do cuidado. Descrevemos, na visão de gestores e equipes de saúde da família, o contexto territorial, formas de identificação das demandas e práticas de acolhimento e cuidado em saúde mental. Avaliamos ainda os desafios para a construção de abordagens psicossociais potentes e o cuidado em rede. O campo da pesquisa constituiu-se de dois territórios da cidade (Manguinhos e Complexo do Alemão) com características emblemáticas do contexto urbano do Rio de Janeiro no período estudado (2009 a 2013). Os pesquisadores trabalharam com estratégias de metodologias qualitativas e colaborativas que incluíram entrevistas com gestores, grupos focais com trabalhadores e visitas sistemáticas ao campo. Os dados coletados apontaram tendências específicas como expansão acelerada da Estratégia Saúde da Família com impactos no processo de trabalho; discurso dos gestores com evidência de abertura para inclusão da saúde mental na Estratégia; narrativas dos trabalhadores explicitando sensação de despreparo e baixa percepção do potencial terapêutico da atenção básica; violência nos territórios causando tensões e ambivalências em relação aos poderes locais; associação direta entre saúde mental e cotidiano violento.

Palavras-chave

saúde mental,
atenção básica,
abordagens psicossociais,
território

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