A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Autoavaliação negativa da saúde em trabalhadoras de enfermagem da atenção básica

  • Iracema Lua
  • Maura Maria Guimarães de Almeida
  • Tânia Maria de Araújo
  • Jorgana Fernanda de Souza Soares
  • Kionna Oliveira Bernardes Santos
  • Iracema Lua

    Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia. Brasil.

    Maura Maria Guimarães de Almeida

    Universidade Estadual de Feira de Santana, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Feira de Santana, Bahia, Brasil.

    Tânia Maria de Araújo

    Universidade Estadual de Feira de Santana, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Feira de Santana, Bahia, Brasil.

    Jorgana Fernanda de Souza Soares

    Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil.

    Kionna Oliveira Bernardes Santos

    Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Salvador, Bahia, Brasil.



Resumo

O objetivo deste estudo é avaliar os fatores associados à autoavaliação negativa da saúde entre trabalhadoras de enfermagem. Realizou-se estudo transversal exploratório, com amostra probabilística de 451 trabalhadoras de enfermagem da Atenção Básica à Saúde. Foi aplicado questionário com informações sociodemográficas, de hábitos de vida, ocupacionais, aspectos psicossociais e satisfação no trabalho e morbidade das trabalhadoras. A autoavaliação da saúde foi aferida por meio da questão “De modo geral, em comparação às pessoas da sua idade, como você considera o seu próprio estado de saúde?”. Os dados foram analisados por meio do modelo de regressão logística em blocos. Identificou-se prevalência de 15,8% de autoavaliação negativa da saúde. Os fatores associados foram: incompatibilidade das atividades desenvolvidas com o cargo, média e alta sobrecarga doméstica, situação de trabalho ativo (alto controle, alta demanda), avaliação ruim da qualidade de vida e transtornos mentais comuns. Os achados corroboram a relação entre processo saúde-doença e condições de vida e trabalho e indicam a necessidade de políticas públicas de prevenção e promoção da saúde das trabalhadoras de enfermagem. Essas politicas, ao constituir situações favoráveis de trabalho, podem ser muito relevantes para a qualidade da assistência prestada aos usuários do Sistema Único de Saúde.

Palavras-chave

autoavaliação,
enfermagem,
atenção básica à saúde,
saúde do trabalhador,
trabalho feminino

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