A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Direito humano à alimentação adequada: percepções e práticas de nutricionistas a partir do ambiente escolar

  • Carla Rosane Paz Arruda Teo
  • Luciara Souza Gallina
  • Maria Assunta Busato
  • Taíne Paula Cibulski
  • Tamara Becker
  • Carla Rosane Paz Arruda Teo

    Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Chapecó, Santa Catarina, Brasil

    Luciara Souza Gallina

    Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Curso de Graduação em Nutrição, Chapecó, Santa Catarina, Brasil.

    Maria Assunta Busato

    Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Chapecó, Santa Catarina, Brasil.

    Taíne Paula Cibulski

    Universidade de Passo Fundo, Residência Multiprofissional Integrada em Atenção ao Câncer, Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil.

    Tamara Becker

    Universidade de Passo Fundo, Residência Multiprofissional Integrada em Saúde do Idoso, Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil.



Resumo

A incorporação da perspectiva dos direitos e da cidadania às políticas públicas de alimentação e nutrição passa pela prática social dos atores envolvidos com a concretização dessas políticas. O objetivo do estudo foi compreender percepções e práticas de nutricionistas sobre o direito humano à alimentação adequada no âmbito de sua atuação profissional no Programa Nacional de Alimentação Escolar. O estudo, desenvolvido em 2014, foi qualitativo, e a coleta de dados, realizada por grupo focal. Participaram 11 nutricionistas de municípios da Mesorregião Oeste Catarinense. As falas foram gravadas, transcritas e analisadas segundo a técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados indicaram que as participantes tinham percepção abrangente sobre o direito humano à alimentação adequada, em diferentes dimensões e relações com os aspectos inerentes a ela. As nutricionistas destacaram a importância e o desafio da atuação intersetorial, articulada à comunidade. Contudo, pareceu haver limitação ao trabalho em equipe e à interlocução com as famílias, possivelmente por fragilidade de suporte teórico-metodológico e político para intervenção nesse campo. As percepções abrangentes das nutricionistas, mas pouco fundamentadas teórica e politicamente sobre o direito humano à alimentação adequada, evidenciaram o desafio a se enfrentar na formação profissional, tanto na graduação como na educação permanente.

Palavras-chave

alimentação escolar,
ação intersetorial,
direitos humanos,
educação superior,
políticas públicas

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