e-ISSN: 1981-7746
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A pesquisa analisou como o trabalho de educação sexual de adolescentes e jovens é desenvolvido na perspectiva da intersetorialidade de saúde e educação. Foram levantadas as características pedagógicas e metodológicas usadas por professores e profissionais da Estratégia Saúde da Família de um município do sul da Amazônia ocidental, assim como as perspectivas de interseção da escola com os serviços de saúde para a educação sexual. A pesquisa foi realizada no período de maio a setembro de 2013. Optou-se pela abordagem qualitativa. Após entrevista semiestruturada, utilizou-se a análise de conteúdo para o levantamento das categorias temáticas. O trabalho de educação sexual caracterizou-se por atividades pontuais motivadas pela demanda. A família foi considerada a principal responsável pela educação sexual, e o despreparo profissional mostrou-se fator importante para a não realização desse tipo de educação. As perspectivas intersetoriais pontuadas pelos participantes ficaram limitadas às ações já existentes na prática, como palestras e projetos, dentre outras. A intersetorialidade para o trabalho de educação sexual parece transitar no campo das ideias, amarrada aos discursos. Apesar de iniciativas governamentais a estimularem, essas perspectivas não têm dado conta da complexidade que envolve sua legitimação. É necessário que novas estratégias para o trabalho da educação sexual sejam discutidas.
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