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Desvelando o racismo na escola médica: experiência e enfrentamento do racismo pelos estudantes negros na graduação em Medicina

  • Vanessa Cristine Ribeiro Fredrich
  • Izabel Cristina Meister Coelho
  • Leide da Conceição Sanches
  • Vanessa Cristine Ribeiro Fredrich

    Faculdades Pequeno Príncipe, Curso de Medicina, Curitiba

    https://orcid.org/0000-0003-1944-4149

    ORCID:

    https://orcid.org/0000-0002-2571-5358

    Izabel Cristina Meister Coelho

    Faculdades Pequeno Príncipe, Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências da Saúde

    É médica pela Universidade Federal do Paraná (1989), com Residência Médica em Cirurgia Geral pela Universidade Federal do Paraná (1992) e Cirurgia Pediátrica no Complexo Hospitalar Pequeno Príncipe (1995). Mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (1999) e Doutora em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (2003).

    Leide da Conceição Sanches

    Faculdades Pequeno Príncipe, Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências da Saúde



Resumo

O Brasil sofre os efeitos do racismo científico, do mito da democracia racial e da política de embranquecimento. Em 2019, 28% dos/as estudantes egressos/as de cursos de Medicina no Brasil eram negros/as. Com os objetivos de desvelar as formas de manifestação do racismo na graduação de Medicina e compreender como estudantes negros/as enfrentam o racismo, conduzimos uma pesquisa exploratória e qualitativa, segundo o método de Minayo, por meio de entrevistas semiestruturadas on line e auxílio do software ATLAS. ti9®. Com um referencial teórico-crítico, percebemos que as dimensões do racismo internalizado, interpessoal e institucional se sobrepõem, evidenciando seu caráter estrutural, atrelado ao desenvolvimento histórico-econômico de nosso país. A crença de inferioridade dos/as estudantes negros/as é reforçada em nível interpessoal nos olhares, piadas ou comentários sobre o cabelo. Em nível institucional, nega-se a necessidade do estudo da saúde da população negra, enquanto a baixa representatividade no corpo docente e discente não é percebida como expressão do racismo. A identificação racial, a organização em coletivos e a existência de amparos legais são fundamentais, mas o efetivo enfrentamento do racismo na escola médica requer a crítica ao sistema econômico que sistematicamente privilegia pessoas brancas.

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Palavras-chave

Racismo,
Educação médica,
Saúde da população negra

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