e-ISSN: 1981-7746
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A divisão sexual do trabalho ocasiona iniquidade entre gêneros, bem como situações de violência direcionadas às mulheres no ambiente laboral. Na área farmacêutica, a maioria feminina e a inserção em múltiplos cenários, que envolvem contato com público e parcerias profissionais diferenciadas, potencializam a exposição à violência. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar situações de violência vivenciadas por farmacêuticas no ambiente laboral. Para tal, utilizou-se método qualitativo, com análise de conteúdo, realizada no software NVivo®, de uma survey on line, respondida por farmacêuticas (n=381) registradas no Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, Brasil. Como resultado, identificou-se quatro categorias: ‘Convivendo com o desrespeito, ameaças e vulnerabilidade’, ‘O sexismo e o machismo estrutural que cala, diminui e atordoa’, ‘A discriminação contra a mulher como obstáculo à equidade’ e ‘Assédio sexual e objetificação da mulher’. Emergiram diversas expressões de violências no ambiente laboral provenientes de múltiplos agressores. Farmacêuticas reconheceram prejuízo profissional e pouco reconhecimento pela capacidade técnica. Conclui-se que os relatos expuseram a falta de proteção da integridade farmacêutica no ambiente de trabalho. Espera-se que esses resultados tragam à luz a desigualdade de gênero no trabalho farmacêutico, com destaque para situações de violência, ampliando a discussão e proporcionando evolução dessa profissão majoritariamente feminina.
Foto: Karolina Grabowska /Pexels
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