A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Reestruturação da gestão das vigilâncias em saúde em Alagoas: a precarização da formação e do trabalho

  • Tânia Kátia de Araújo Mendes
  • Sérgio Pacheco de Oliveira
  • Elizabete Vianna Delamarque
  • Marismary Horsth De Seta
  • Tânia Kátia de Araújo Mendes

    Fundação Universitária de Ciências da Saúde de Alagoas, Escola Técnica de Saúde Professora Valéria Hora, Maceió, Alagoas, Brasil.

    Sérgio Pacheco de Oliveira

    Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Departamento de Administração e Planejamento em Saúde, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

    Elizabete Vianna Delamarque

    Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Departamento de Administração e Planejamento em Saúde, Centro Colaborador de Vigilância Sanitária, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

    Marismary Horsth De Seta

    Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Departamento de Administração e Planejamento em Saúde, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.



Resumo

A descentralização das vigilâncias sanitária, epidemiológica e ambiental para os municípios tomou impulso com mudanças organizacionais e no financiamento federal, quando cresceu a ideia de integração entre elas, e delas com a atenção individual e coletiva. Nos organogramas de muitas secretarias de Saúde, reuniram-se as vigilâncias sob uma coordenação comum, e os gestores demandaram a formação de novos profissionais para esse arranjo. Este artigo objetiva delinear os perfis dos profissionais de nível médio das vigilâncias de seis municípios do estado de Alagoas e dos serviços em que eles operam, agregando percepções dos gestores sobre a prática desses trabalhadores, que representam 88% da força de trabalho das vigilâncias nesses municípios. Sem formação específica para realizar suas atividades, o desempenho dos trabalhadores foi avaliado como pior quanto menor o tempo de exercício do gestor no cargo. As dificuldades destacadas foram: ingerência política no trabalho da vigilância sanitária e ambiental; preenchimento deficiente das fichas de investigação epidemiológica pelas equipes de saúde da família nos seis municípios; papel indefinido desse profissional na vigilância em saúde do trabalhador. A necessária formação técnica é insuficiente para superação dessas dificuldades, requerendo-se a revisão de processos de gestão e coordenação do trabalho das equipes para práticas mais efetivas.

Palavras-chave

educação profissional,
vigilância sanitária,
vigilância epidemiológica,
vigilância ambiental,
vigilância em saúde

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