e-ISSN: 1981-7746
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A fim de resgatar e sistematizar os diferentes posicionamentos que conformaram a trajetória de construção da noção de educação permanente em saúde, o artigo tem como objetivo revisar as discussões realizadas pela Organização Pan-Americana da Saúde, no período entre 1974 e 2002, em relação às práticas de educação na saúde, com o intuito de compreender as linhas de força, intencionalidades e jogos de poder involucrados nesse debate. Realizou-se pesquisa documental e bibliográfica, utilizando como referencial analítico a noção de matriz conceitual. Os resultados apresentam os elementos componentes destas matrizes e seus respectivos contextos de emergência, os quais corroboram a existência de duas matrizes conceituais na produção da Organização Pan-Americana da Saúde, a saber, a educação continuada em saúde e a educação permanente em saúde referentes, respectivamente, aos períodos de 1974 a 1984 e 1985 a 2002. Discute-se que a ampliação e a reconfiguração do plano conceitual ensejadas pela segunda matriz, em grande medida centradas no método pedagógico, esbarra em limites que podemos correlacionar não apenas ao redirecionamento da agenda da instituição, mas também à experiência de implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e às contradições que marcaram a trajetória da gestão do trabalho do Sistema Único de Saúde.
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