e-ISSN: 1981-7746
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A supervisão fomenta mudanças nos serviços na perspectiva da atenção psicossocial. Sua institucionalização ocorreu nos campos da clínica, formação e gestão em saúde e expressa forças contraditórias instituídas e instituintes. A investigação que deu origem a este artigo analisou o processo de supervisão clínico-institucional em duas equipes da rede de saúde de um município do interior do Nordeste. O referencial teórico-metodológico utilizado foi o da análise institucional, na perspectiva da socioclínica. O processo ocorreu em 12 encontros, de março de 2011 a fevereiro de 2012, e foi registrado em diários institucionais. Neste processo, evidenciamos que: a análise da encomenda e, principalmente, a das demandas mobilizaram o processo de supervisão; existiram conflitos entre o uso de casos clínicos e a construção dos projetos terapêuticos singulares, como também na compreensão sobre o processo formativo da supervisão; houve cooperações e rivalidades entre as equipes na construção do cuidado em redes municipais; surgiram desafios no cuidado à crise no contexto das redes regionais na perspectiva da atenção psicossocial. O dispositivo supervisão precisa ser expandido e interiorizado, constantemente revisto, para que esteja em consonância com os pressupostos da atenção psicossocial, assim como para propiciar momentos de experimentação dos trabalhadores como grupos-sujeitos.
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