A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

A abordagem ergológica e o mundo do trabalho dos comunicadores

  • Roseli Figaro
  • Roseli Figaro

    Professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e coordenadora do grupo de pesquisa "Comunicação e trabalho" da ECA/USP/CNPq, São Paulo, Brasil. Doutora em Ciências da Comunicação pela USP, com pós-doutorado na Universidade de Provence, França.



Resumo

Com base nos resultados da pesquisa "As mudanças no mundo do trabalho nas empresas de comunicação" da autora, discutem-se, neste artigo, aspectos relativos aos valores e às escolhas inerentes à atividade de trabalho dos comunicadores. Na primeira parte, trata-se da centralidade do trabalho e da comunicação na sociedade contemporânea. Toma-se como referencial teórico o conceito de atividade humana de trabalho, a partir do qual se estabelece a aproximação entre a ontologia do ser social de Marx e a abordagem ergológica. Na segunda parte, discute-se a contradição que se apresenta na prática profissional do comunicador em relação ao direito à informação. Essa contradição, entre prática profissional e direito à informação, foi apontada como um dos resultados da investigação. A pesquisa analisou os dados obtidos por meio de entrevistas com uma amostra de comunicadores, funcionários em duas empresas do ramo da comunicação. A discussão permite evidenciar os valores profissionais e as injunções do sistema de produção nos debates e conflitos que o jornalista enfrenta consigo mesmo ao fazer suas escolhas para realizar o trabalho. Esses embates são enfrentados pelo profissional no contexto do sistema de grandes conglomerados de empresas de comunicação e fusão de mídias. Ao final, faz-se um balanço geral dos resultados.

Palavras-chave

comunicação,
mundo do trabalho,
atividade humana de trabalho,
direito à informação

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