e-ISSN: 1981-7746
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Desenvolvido em escolas públicas de diferentes contextos ambientais e educacionais de Belém, no Pará, o estudo apresentado objetivou criar uma abordagem metodológica possível de ser reproduzida por qualquer escola de ensino fundamental ou médio na Amazônia, gerando informações sobre as interações homem-animal-ambiente e a evolução da consciência ecológica do alunado. Testaram-se cinco indicadores quantitativos: ‘Diferenciação de animais silvestres e domésticos’, ‘Animais no prato’, ‘Proximidade aluno-animal’, ‘Sentimentos em relação à fauna’ e ‘Justificativas de falta dos alunos’. Obtiveram-se resultados significativos: na identificação do conhecimento prévio dos alunos sobre o conceito de animais silvestres-domésticos, verificou-se que em uma das escolas o avançar das séries não determinava maior capacidade de diferenciação dos animais; jacaré, tatu e tartaruga foram as espécies mais citadas pelos alunos nas duas escolas e constituíam o cardápio alimentar das famílias; foi comum a presença de animais domésticos e silvestres criados nos cômodos internos das casas, registrando-se altos percentuais de criações múltiplas de animais; sentimentos de ‘querer matar’ e ‘medo/nojo’ ainda foram bastante frequentes, principalmente para répteis, traduzindo a necessidade de maiores investimentos em educação ambiental; faltas por motivo de doença foram recorrentes e tinham estreita relação com animais. A metodologia é válida para etnozoologia e educação ambiental, adequando-se à realidade socioeconômica e ambiental das escolas.