e-ISSN: 1981-7746
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O contexto da pandemia da Covid-19 está relacionado à interação dos seres humanos com a natureza, na medida em que invadimos e destruímos nichos ecológicos importantes, criando modelos de produção animal e de trocas comerciais não sustentáveis. Lavar as mãos é uma das ações mais eficazes de prevenção à Covid-19. Mas como seguir este procedimento onde a água não é garantida com a frequência necessária? Outro aspecto importante da vigilância é a exposição crônica à contaminação do ar, favorecendo as altas taxas de mortalidade pela Covid-19. As populações do campo, da floresta e das águas são também um dos grupos mais vulneráveis e, ao mesmo tempo, possuem modos de vida determinantes para a sustentabilidade socioambiental do planeta. Gabinetes de crise, comitês populares, articulações solidárias, plataformas, observatórios acadêmicopopulares, barreiras sanitárias populares, portais na internet de monitoramento participativo são algumas das formas que, espontaneamente, têm surgido nas favelas e nos territórios de povos tradicionais para dar conta de enfrentar a Covid-19, dada a ausência de políticas efetivas, principalmente no âmbito federal. Temos que criar métodos, estratégias e iniciativas que possibilitem que a vigilância sobre a saúde e o ambiente possa contribuir para resolver problemas e necessidades de forma horizontal, participativa, democrática e cientificamente qualificada.
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