e-ISSN: 1981-7746
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O cuidado e o vínculo entre usuárias/os e profissionais de saúde são frequentemente analisados no sistema de saúde brasileiro. No entanto, o impacto da interseccionalidade nessa relação ainda é pouco explorado. Neste artigo, apresentamos achados de um estudo qualitativo sobre o vínculo entre agentes comunitários de saúde e mulheres idosas, negras e periféricas, denominadas Nanás, na Atenção Primária à Saúde do Rio de Janeiro. Entrevistaram-se 14 agentes em seus locais de trabalho. A análise do discurso revelou que os agentes demonstraram cuidados de saúde culturalmente competentes para as Nanás. Eles foram motivados por suas características interseccionais, acreditando que compartilhavam semelhanças com essas usuárias, como exemplificado na fala: “Ela poderia ser minha mãe”. Pesquisas anteriores sobre a influência de gênero, classe e raça nos cuidados de saúde mostram que a percepção de concordância melhora o cuidado, promovendo maior afeto e empatia entre profissionais de saúde e usuárias/os. Diante dos desafios históricos enfrentados pela Atenção Primária à Saúde na promoção da justiça social e na prestação de cuidados equitativos a todos os pacientes, este estudo destaca a importância de que a competência cultural, um atributo essencial da Atenção Primária à Saúde e ferramenta para o cuidado integral, seja fortalecida pela diversidade entre os trabalhadores de saúde.
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