e-ISSN: 1981-7746
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Discute-se proposta de supervisão de trabalhadoras da Atenção Primária à Saúde que realizam cuidado direto com mulheres em situação de violência doméstica, por meio de espaço de debate sobre o fazer e os afetos emergentes, considerando-se questões de gênero, direitos humanos e sociais das mulheres. Tal proposta compôs pesquisa-intervenção, oferecida após formação sobre o tema em quatro serviços de Atenção Primária à Saúde no município de São Paulo, de 2020 a 2022. Empregou-se a técnica observação participante com registro em diário de campo das supervisões mensais e entrevistas semiestruturadas com trabalhadoras e gestoras. Por meio de análise de conteúdo, os dados foram apresentados nos eixos: discussão do trabalho – escuta da mulher, perspectiva de gênero e direitos humanos; a trabalhadora e seu processo; organização do trabalho e trabalho em equipe; rede intersetorial e organização da própria supervisão e necessidade de enquadre. A supervisão qualificou a identificação e o cuidado dos casos, destacando seu duplo caráter: acompanhamento do cuidado e reflexão crítica desalienadora de questões ético-políticas. Produz impacto para além do tema específico e é fundamental para segurança e sucesso prático da intervenção, tendo a gestão como essencial na sua manutenção. Defende-se a supervisão como parte de protocolos na Atenção Primária para cuidado de casos de violência.
Imagem: Freepik
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