A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Percepção do trabalho docente em uma universidade da região Norte do Brasil

  • Rozilaine Redi Lago
  • Bruna Souza Cunha
  • Maria Fernanda de Sousa Oliveira Borges
  • Rozilaine Redi Lago

    Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Acre, Brasil. Doutoranda em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo

    Bruna Souza Cunha

    Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica, Brasília, Distrito Federal, Brasil. Especialização em Saúde Coletiva e Educação na Saúde (em andamento) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

    Maria Fernanda de Sousa Oliveira Borges

    Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Acre, Brasil. Doutoranda em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.



Resumo

Buscou-se conhecer a percepção da experiência do trabalho docente em cursos de saúde de uma universidade federal da região Norte do Brasil. Utilizando-se abordagem qualitativa, foram entrevistados seis docentes de cursos de saúde dessa universidade, cujos dados foram submetidos à análise de conteúdo. Predominaram mulheres na função docente, e a valorização dessa função como vínculo estável de trabalho, fonte de rendimentos e função social. No trabalho docente, a maioria se concentra no desenvolvimento de habilidades técnico-científicas dos alunos, expressando a necessidade da qualificação contínua e apoio institucional insuficiente. As relações pessoais desses docentes com alunos e outros professores e técnico-administrativos são reconhecidamente mediadoras da qualidade do processo de ensino-apren-dizagem e trabalho. Quanto à saúde, a maior parte se sente vulnerável e desgastada, principalmente em aspectos psicoemocionais, o que influencia as suas relações sociais dentro e fora do ambiente de trabalho. Embora o exercício profissional tenha sido identificado como fonte de estabilidade, realização pessoal e financeira, destacam-se a precariedade e a sobrecarga de trabalho, que tendem a induzir sofrimento e adoe-cimento. Esta reflexão entre docentes, movimentos sindicais e instituições de ensino pode subsidiar ajustes institucionais, legais, curriculares e sociais para melhorar o processo de ensino-aprendizagem e a qualidade de vida dos docentes.

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