e-ISSN: 1981-7746
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Para contribuir com a transformação das práticas profissionais, foi desenvolvido um curso a distância para facilitadores de Educação Permanente em Saúde, e de Londrina participaram mais de 150 profissionais. Este estudo visa analisar as contribuições desse curso, sob a ótica dos participantes. Tratase de uma pesquisa quanti-qualitativa, e a coleta dos dados se deu a partir de grupos focais e entrevista semiestruturada. As discussões do grupo focal e da entrevista foram gravadas e transcritas, e as questões fechadas processadas pelo programa Epi Info. Os resultados apontam que o curso possibilitou a instituição de espaços coletivos de reflexão das práticas e promoveu a integração das equipes. As facilidades e dificuldades referiram-se à garantia de espaço, tempo, material e apoio, porém a motivação, interesse e participação também foram destacados. Conclui-se que houve contribuição para uma prática mais humanizada e acolhedora dos profissionais de saúde, tanto da gestão como do cuidado.
O presente artigo é resultante de intensa busca nos referenciais teóricos sobre a temática universidade e formação docente e se propõe a analisar a formação do docente de odontologia, à luz dos antecedentes históricos da instituição universidade no mundo e no Brasil. Faz a identificação dos conflitos que colocam a universidade contemporânea em crise, identifica o início da atividade docente na história da humanidade e sua trajetória até os dias atuais, bem como as condições de profissionalização do docente do ensino superior, apontando para o modo como se deu a formação e a atividade dos primeiros docentes de odontologia no Brasil e as possíveis implicações para os dias atuais. A partir destes relatos e por meio de busca nos cadernos de indicadores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do triênio 2004-2007 e de referenciais teóricos recentes sobre o tema da formação do docente de odontologia, em particular, buscou-se analisar as pós-graduações stricto sensu em Odontologia no Brasil e, assim, contribuir para o debate acerca dos problemas na formação dos profissionais da saúde, especificamente nessa área. O estudo não teve por objeto de análise o Pró-Saúde, podendo, este aspecto, ser uma limitação.
O agente comunitário de saúde (ACS) é um dos atores profissionais que compõem as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), sendo sua atuação considerada fundamental para a ampliação e consolidação dessa estratégia. Desde as primeiras experiências locais com ACS em fins dos anos 1970, seu perfil sociodemográfico vem apresentando mudanças. Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir o aspecto da escolaridade e da capacitação dos ACS que atuam na Área Programática (AP) 5.2 do município do Rio de Janeiro, articulando trabalho e educação e entendendo o trabalho como um princípio emancipatório. Este estudo foi formulado com base na ideia de triangulação metodológica, aqui alcançada a partir da formulação original de Denzin. Os dados sobre a escolaridade dos ACS foram obtidos mediante questionário autoaplicável individual, respondidos por 301 ACS dos 12 módulos de ESF e seis módulos da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) da AP 5.2. A apresentação e a discussão dos dados mostram mudanças no perfil de escolaridade desse trabalhador, concluindo-se que o ACS é um trabalhador que busca alternativas de escolarização e formação profissional. Defende-se a ampliação da escolaridade e o ensino técnico como processo para a consolidação do Sistema Único de Saúde.
O objetivo do estudo foi analisar a relação professor-aluno no curso de Odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo e discutir os possíveis reflexos dessa relação no processo ensinoaprendizagem. Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem quantitativa, no qual foram aplicados questionários contendo perguntas fechadas e abertas a 130 alunos e 40 professores. Os resultados demonstram que 49% dos alunos e 45% dos professores consideram boa a relação professor-aluno. Quando questionados se já haviam sido repreendidos pelos professores na frente do paciente, 35% dos alunos responderam que nunca foram e 65% responderam já terem sido repreendidos pelo menos uma vez. A confiança no ensino foi trabalhada ao se questionar o professor se ele traria um parente para ser tratado nas clínicas do curso e 47% terem respondido positivamente, apontando a confiança no aluno, orientação dos professores e a qualidade do atendimento como norteadores de suas decisões. A relação professor-aluno é considerada boa para ambos, mas alguns fatores foram apontados como interferência negativa na qualidade do processo ensino-aprendizagem, como: a falta de acessibilidade e de interação pedagógica e social entre os atores, a arrogância e a intimidação por parte de professores e a falta de compreensão de limites por parte dos alunos.
O trabalho analisa o processo de formação de agentes comunitários em saúde em uma comunidade na zona oeste do Rio de Janeiro, realizada no âmbito de um projeto de construção de metodologias participativas em saúde. A partir da observação etnográfica das práticas comunitárias e educativas e do uso de questionários, o estudo objetivou contextualizar o desenvolvimento do curso e analisar a visão dos participantes sobre as expectativas e aprendizagem de conhecimentos em saúde e ambiente. Os dados revelam que o curso atendeu a parte das expectativas dos alunos e resultou no fortalecimento das redes comunitárias locais e do capital social de alguns participantes. O artigo pretende colaborar para uma antropologia das ações educativas, desenvolvidas em espaços formais e não formais, tanto no âmbito da contextualização da formulação e desenvolvimento de tais ações quanto no da visão dos diferentes atores envolvidos nos programas educativos.
A proposta da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) é a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores para o Sistema Único de Saúde (SUS). A partir desse pressuposto, o objetivo deste estudo foi analisar a percepção dos auxiliares de enfermagem sobre o processo de Educação Permanente (EP) que vem sendo realizado pela Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia (EFSFVS) em Sobral, Ceará, Brasil. Desenvolveu-se um estudo exploratório-descritivo de natureza qualitativa com dez auxiliares de enfermagem que participaram pelo menos uma vez das atividades de EP desenvolvidas pela Coordenação de EP de Sobral. Os dados foram coletados por meio da técnica de grupo focal, e os resultados, analisados a partir do discurso do sujeito coletivo. Os resultados evidenciaram que houve mudanças na prática dos auxiliares de enfermagem após a inserção destes nas atividades de EP através do apoderamento e aperfeiçoamento de competências (habilidades, atitudes e conhecimentos). Destarte, faz-se necessária a permanência desses trabalhadores no processo de EP, assim como de avaliação sistemática nesse processo, para que se alcance uma prática profissional eficiente e transformadora, pelo aprender constante, qualificando a atenção à saúde.
Objetiva-se neste artigo analisar a luta no campo das políticas educacionais durante a tramitação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei n.º 9.394/1996) no Congresso Nacional e as mudanças mais significativas em seus dispositivos na década pós-lei. Tratam-se dos embates entre os atores de dois mundos com ideários conflitantes sobre as concepções de sociedade, cidadania, educação, escola e ensino: o mundo real, dos educadores, e o oficial, o mundo do sistema educativo. Resultou desses embates, na Câmara dos Deputados, a 'conciliação aberta' entre interesses dos partidários do ensino público e gratuito e do ensino privado como estratégia de inclusão de suas reivindicações no diploma legal. No Senado da República, um balanço dos procedimentos regimentais casuísticos leva à conclusão de que a forte pressão do poder do mundo do sistema (o Executivo), representado pelo Ministério da Educação, favoreceu ações dos interessados no ensino privado, prevalecendo hegemonicamente esses interesses sobre as reivindicações dos defensores do ensino público, laico, gratuito em todos os níveis e de qualidade para todos os cidadãos brasileiros. Nos desdobramentos da lei durante a década posterior, tais procedimentos se replicam, uma vez que permanecem em disputa na arena política dois projetos de educação.
Claudio Katz nació en Argentina, en 1954. Es economista, integrante del Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología de la República Argentina, profesor en la Universidad de Buenos Aires y director de varios proyectos de investigación. Es autor de numerosos textos de interpretación del capitalismo contemporáneo y de la crisis económica global. Participa activamente en los foros continentales de impugnación del libre-comercio, el endeudamiento externo y la militarización. Como integrante del EDI (Economistas de Izquierda) ha publicado varios estudios sobre la coyuntura política y social de la Argentina y de América Latina. Entre sus publicaciones, se destacan sus libros El porvenir del socialismo (2004) y Las disyuntivas de la izquierda en América Latina (primera edición, 2008), que recibieron menciones honoríficas del Premio Libertador al Pensamiento Crítico, además de 'El rediseño de América Latina. Alca, Mercosur y Alba' (2006) y 'La economía marxista, hoy. Seis debates teóricos' (2009). En esta entrevista, concedida a la revista Trabalho, Educação e Saúde en junio de 2010, Katz expone algunas reflexiones sobre la realidad latinoamericana contemporánea, destacando la crítica al llamado 'nuevo desarrollismo', la perspectiva socialista del concepto de democracia y la vigencia del marxismo latinoamericano.
Este artigo tem por objetivo socializar uma experiência vivenciada em um curso de capacitação oferecido no estado do Tocantins, Brasil, pela empresa Enerpeixe S.A., em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de apresentar a metodologia empregada. As aulas foram ministradas por especialistas de cinco laboratórios do IOC/Fiocruz e envolveram o treinamento de agentes comunitários de saúde e técnicos de saúde de secretarias municipais e da Secretaria Estadual da Saúde do Tocantins, possibilitando a interação com profissionais-alunos em disciplinas que versavam sobre os problemas de saúde ocasionados por vetores e seus principais parasitos. A perspectiva adotada levou a uma diversidade de informações que permitiam a cada participante a compreensão do ciclo de vida do vetor e do parasito de doenças como: oncocercose, mansonelose, malária, leishmaniose, esquistossomose e doença de Chagas. Permitiu também a interação com as questões ecológicas, sanitárias e de educação ambiental. O resultado dessa capacitação proporcionou aos docentes e discentes uma experiência sobre a dimensão dos problemas de saúde no estado do Tocantins.