e-ISSN: 1981-7746
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O estudo aqui apresentado objetivou compreender como são construídas as identidades profissionais do agente de combate às endemias. Esse trabalhador tem papel estratégico na prevenção e no controle das arboviroses como dengue, chikungunya, zika e febre amarela, que constituem problemas graves de saúde pública no Brasil. A pesquisa fundamentou-se nos conceitos de qualificação e identidade profissional, referenciados pela sociologia do trabalho. Tratou-se de um estudo analítico, realizado entre 2014 e 2017, de abordagem qualitativa, realizado a partir de grupos focais, com trinta agentes de combate às endemias de um distrito sanitário de Contagem, Minas Gerais. Os dados foram analisados segundo os pressupostos da análise de conteúdo. A maioria dos agentes era mulher e com ensino médio completo. Os resultados apontaram que há um desconhecimento, por parte dos agentes, sobre o protocolo de execução de suas atividades de trabalho e dos conteúdos técnicos referentes à dengue. O processo ensino-aprendizagem ocorre por meio da oralidade e de processos de trabalho não formais. O não recebimento de crachás apresentou-se como um problema de identidade. Concluiu-se que as identidades profissionais dos agentes foram construídas e reconstruídas sem uma sólida formação profissional e em condições precárias de trabalho. O reconhecimento, como aspecto da identidade, ocorre no plano afetivo e não somente nos processos de trabalho.
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