e-ISSN: 1981-7746
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O artigo teve como objetivo comparar a percepção de profissionais da atenção primária sobre aconselhamento de modos de vida saudáveis antes e depois de uma intervenção educativa. Trata-se de estudo qualitativo desenvolvido com 22 profissionais de um centro de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. A entrevista estruturada foi aplicada antes e depois da intervenção educativa, e os dados foram submetidos à análise de conteúdo. Os resultados mostram a dificuldade dos profissionais em adotar e aconselhar modos de vida saudáveis, com poucas mudanças em suas percepções após a intervenção educativa. As dificuldades estavam relacionadas a questões financeiras, culturais, de vida e de trabalho, bem como a concepções conservadoras. Predominou a prática curativista com responsabilização individual e o enfoque sobre hábitos alimentares e de atividade física. Identificou-se que, após a intervenção educativa, um número maior de profissionais estava sensibilizado quanto às atividades educativas coletivas e lúdicas e à importância da atuação multiprofissional. Assim, é vista a necessidade de continuidade da educação permanente dos profissionais de modo que permita a reflexão sobre concepções de saúde possíveis no contexto contemporâneo, favorecendo a produção do cuidado e da autonomia.
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