A Trabalho, Educação e Saúde (TES) é uma revista científica em acesso aberto, editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.

Edição Atual | v. 5 n. 1 (2007)

Publicação contínua
Editorial

Editorial v5n1

Martins, C M;
Fonseca, A F;
Brasil, I.

10.1590/S1981-77462007000100001
Artigo

O Discurso da bioética na formação do sujeito trabalhador da saúde

Ramos, F. R. S.

O Discurso da bioética na formação do sujeito trabalhador da saúde

O artigo sintetiza alguns resultados de pesquisa documental, especificamente de um de seus objetivos, o de discutir o ensino de ética e bioética no processo de formação de médicos e enfermeiros, a partir da mediação textual levantada em documentos acadêmicos e produção científica sobre temas relacionados. Adotou-se a abordagem pós-estruturalista de Michel Foucault, utilizando-se como fonte documentos acadêmicos dos cursos de enfermagem e medicina de quatro universidades federais do sul do país. Discutiu-se a inserção dos temas éticos/bioéticos nas propostas de formação profissional com o intuito de problematizar o modo como os desdobramentos (estratégicos e tecnológicos) deste discurso penetram no processo de construção dos sujeitos trabalhadores da saúde e geram determinados modos de conceber e intervir destes sujeitos. Ressalta-se a condição da bioética como um saber silenciado e invisibilizado, mas não menos produtivo, pela forma como seu potencial questionador e crítico é reduzido a um conjunto de formulações deslocadas de seu entorno de debate. Tal condição relaciona elementos do processo de emergência do discurso da bioética com as rotas já desenhadas para o que historicamente se definiu como formação ética desses profissionais.


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Artigo

A experiência da pesquisa EnsinaSUS

Koifman, L;
Henriques, R. L. M.

10.1590/S1981-77462007000100008

A experiência da pesquisa EnsinaSUS

Este artigo descreve a trajetória do projeto EnsinaSUS, da pesquisa desenvolvida em seu interior e das múltiplas dimensões e implicações na direção do conhecimento das experiências que têm sido realizadas nos cursos da área de saúde em relação aos processos de mudança que estão em desenvolvimento. Pretendemos compartilhar a experiência de integração de pesquisadores, de diferentes origens institucionais e profissionais, na construção de um projeto comum, alimentado da vivência desses atores. Essa experiência almejou inovar e construir uma nova gramática para discussão e compreensão dos processos pedagógicos e sua interface com a saúde e o trabalho, na produção de um cuidado que se faça distinto na concepção da assistência à saúde, produzindo cuidado usuário-centrado, numa perspectiva dialógica e ético-política. Entendemos que as práticas de ensino e extensão funcionam como dispositivos abertos de um 'fazer-pensar-saber' em integralidade, forjando novas concepções, sentidos e significados da saúde, da vida, do conhecimento e da educação. Pautamo-nos na idéia de que as explicações da práxis pedagógica podem ser entendidas como possibilidade da construção histórica da cidadania. Encontramos alguns mecanismos de legitimação e canais de articulação, intercâmbio e solidariedade como resposta de interação de diversidades. A equipe representou a composição de redes de representação em espaços culturais e políticos plurais.


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Artigo

A educação popular e a formação dos trabalhadores de nível médio da saúde

Pedrosa, J. I. d. S.

10.1590/S1981-77462007000100006

A educação popular e a formação dos trabalhadores de nível médio da saúde

O artigo problematiza os princípios éticos e políticos da educação popular no processo de formação de trabalhadores de nível médio da saúde, utilizando o referencial teórico-conceitual da análise institucional, considerando o processo de formação como momento instituído, a proposta política do Ministério da Saúde para a formação de trabalhadores como instituinte e a educação popular em saúde como o processo de institucionalização. A partir da dialética entre o instituído, instituinte e processo de institucionalização, são desenhadas possibilidades em que a educação popular representa dispositivo constitutivo da autonomia dos profissionais - desconstruindo vínculos e processos pedagógicos de assujeitamento dos atores à lógica racional e organizacional dos serviços de saúde - e estratégia de construção de linhas de fuga que conduzam às transformações no processo de formação desses trabalhadores.


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Artigo

Técnicos em laboratório de pesquisa em saúde e o trabalho na contemporaneidade: prolegômenos sobre um trabalho(ador) sob a neblina

Teixeira, M d O;
Murito, M. C.

10.1590/S1981-77462007000100004

Técnicos em laboratório de pesquisa em saúde e o trabalho na contemporaneidade: prolegômenos sobre um trabalho(ador) sob a neblina

Este texto tem como horizonte a discussão do trabalho em saúde na contemporaneidade, em sua complexa relação com a educação profissional. Partiu da problematização do processo de produção dos conhecimentos tecnocientíficos em saúde, de suas práticas e espaços para destacar o trabalho técnico. O intuito é estabelecer aproximações, ainda que tímidas, com a discussão do trabalho na contemporaneidade. A elaboração da pesquisa de campo se iniciou com a escolha de um laboratório de pesquisa em saúde, situado no município do Rio de Janeiro e vinculado a uma das principais instituições públicas de pesquisa em saúde do país.


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Artigo

O Discurso da bioética na formação do sujeito trabalhador da saúde

O Discurso da bioética na formação do sujeito trabalhador da saúde

O artigo sintetiza alguns resultados de pesquisa documental, especificamente de um de seus objetivos, o de discutir o ensino de ética e bioética no processo de formação de médicos e enfermeiros, a partir da mediação textual levantada em documentos acadêmicos e produção científica sobre temas relacionados. Adotou-se a abordagem pós-estruturalista de Michel Foucault, utilizando-se como fonte documentos acadêmicos dos cursos de enfermagem e medicina de quatro universidades federais do sul do país. Discutiu-se a inserção dos temas éticos/bioéticos nas propostas de formação profissional com o intuito de problematizar o modo como os desdobramentos (estratégicos e tecnológicos) deste discurso penetram no processo de construção dos sujeitos trabalhadores da saúde e geram determinados modos de conceber e intervir destes sujeitos. Ressalta-se a condição da bioética como um saber silenciado e invisibilizado, mas não menos produtivo, pela forma como seu potencial questionador e crítico é reduzido a um conjunto de formulações deslocadas de seu entorno de debate. Tal condição relaciona elementos do processo de emergência do discurso da bioética com as rotas já desenhadas para o que historicamente se definiu como formação ética desses profissionais.


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Artigo

Profae e lógica neoliberal: estreitas relações

Cêa, G S d S;
Reis, L F;
Conterno , S.

10.1590/S1981-77462007000100007

Profae e lógica neoliberal: estreitas relações

O Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem (Profae) representa, desde 2000, a principal política do Ministério da Saúde (MS) voltada para a qualificação da força de trabalho do setor. Sem negar tal condição, o esforço analítico deste artigo é guiado pelo exercício de compreensão do Profae a partir da sua condição de política social formulada e implementada em função dos preceitos e prescrições gerenciais típicos do Estado capitalista reformado segundo a orientação neoliberal. Este esforço constitui o objetivo principal deste trabalho. Inicialmente, o Profae é considerado a partir de sua visibilidade social, expressa na forma de projeto voltado para a qualificação de profissionais da área de enfermagem. Em seguida, a partir de uma breve contextualização dos dilemas em torno da formação desses profissionais no Brasil, problematiza-se a possibilidade de o Profae servir, efetivamente, de instrumento para a reversão dessa precariedade formativa. Este movimento permite buscar as mediações do Profae com a tipificação imposta às políticas de caráter neoliberal em curso e com as formas de privatização do fundo público, consideradas aqui como mecanismos implícitos ao seu financiamento. Por fim, são expostas reflexões acerca da instrumentalidade política e econômica do Profae, para além de sua aparência de simples projeto de profissionalização dos trabalhadores da área de enfermagem.


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Artigo

Saúde e trabalho docente: a escola como produtora de novas formas de vida

Barros , M E;
Zorzal , D C;
Almeida, F S d;
Iglesias, R Z;
et al.

10.1590/S1981-77462007000100005

Saúde e trabalho docente: a escola como produtora de novas formas de vida

O artigo tem como tema as articulações saúde-trabalho docente. Apresenta uma experiência vivida numa escola municipal da rede de ensino da cidade de Vitória, no Espírito Santo. Pauta-se nas abordagens de G. Canguilhem, na ergonomia de linhagem francesa e na ergologia para realizar o processo de pesquisa-intervenção. Parte do princípio de que o vivido na escola afirma a perspectiva segundo a qual saúde é possibilidade de produzir novas normas, ou seja, novas formas de vida. Nessa direção de análise, buscou criar espaços de diálogo e tensionamento na escola para que outros modos de trabalhar, favorecedores de saúde, pudessem se instituir.


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Resenha

Estratégias de ensino na enfermagem: enfoque no cuidado e no pensamento crítico. Vera Regina Waldow. Rio de Janeiro: Vozes, 2005, 136pp.

Estratégias de ensino na enfermagem: enfoque no cuidado e no pensamento crítico. Vera Regina Waldow. Rio de Janeiro: Vozes, 2005, 136pp.

Estratégias de ensino na enfermagem: enfoque no cuidado e no pensamento crítico. Vera Regina Waldow. Rio de Janeiro: Vozes, 2005, 136pp.


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Resenha

Educação do corpo na escola brasileira. Marcus Aurélio Taborda de Oliveira (org). Campinas: Autores Associados, 2006, 209 pp.

Quelhas, Á d A;
Dias , G. P.

10.1590/S1981-77462007000100009

Educação do corpo na escola brasileira. Marcus Aurélio Taborda de Oliveira (org). Campinas: Autores Associados, 2006, 209 pp.

Educação do corpo na escola brasileira. Marcus Aurélio Taborda de Oliveira (org). Campinas: Autores Associados, 2006, 209 pp.


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Ensaio

Os significados do trabalho: produção de valores como produção semiótica no capitalismo informacional

Os significados do trabalho: produção de valores como produção semiótica no capitalismo informacional

Em qualquer indústria, os processos de trabalho tornaram-se, no capitalismo avançado, essencialmente semióticos, isto é, o trabalhador, ao longo da cadeia produtiva que vem desde a engenharia até o ajuste e controle das máquinas, é empregado para processar informações às quais pode atribuir significados relacionados às suas situações concretas de trabalho. A compreensão desse processo ajuda a entender o conceito marxiano de trabalho concreto e pode contribuir para uma melhor compreensão da natureza do capitalismo informacional que emerge neste início de século.


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Errata

Errata

Errata

ERRATA

Onde se lê, no volume 5, número 1, seção Resenhas, p. 173, "Professora de Educação física da Secretaria de Educação de Juiz de Fora", leia-se "Professor de Educação física da Secretaria de Educação de Juiz de Fora".

Omitimos, no volume 5, número 1, seção Relato, p. 172, as datas de recebimento e de aprovação do texto "A experiência da pesquisa EnsinaSUS", as quais foram, respectivamente, 02/01/2007 e 24/01/2007.


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