e-ISSN: 1981-7746
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O objetivo foi analisar a trajetória das políticas de saúde mental no Brasil. Realizamos a
sistematização dos períodos históricos com base na análise dos contextos sociopolítico,
de organização do sistema de saúde e das características da atenção em saúde mental.
Identificamos sete períodos desde a institucionalização da loucura, no período imperial, até
2019. A trajetória da política revela um processo de disputa de concepções epistemológicas
e simbólicas sobre a loucura e o adoecimento mental, que em interação com outros fatores
contextuais influenciam os modelos assistenciais e as práticas de cuidado. Posteriormente,
discutimos a pluralidade de abordagens da desinstitucionalização no cenário internacional
e as influências sobre o modelo de saúde mental proposto pela Reforma Psiquiátrica
Brasileira. Apresentamos uma síntese da ideia de desinstitucionalização considerando as
várias dimensões que envolvem a perspectiva abrangente do termo. Por fim, refletimos
sobre os avanços e desafios da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Apesar das significativas
conquistas, persistem problemas relacionados ao financiamento, à estigmatização, à frágil
articulação intersetorial e à reprodução da lógica manicomial nos serviços substitutivos.
Além disso, as atuais mudanças na Política Nacional de Saúde Mental constituem-se como
principais ameaças ao modelo desinstitucionalizante
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