e-ISSN: 1981-7746
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O presente artigo se propõe a fazer uma análise do uso generalizado da expressão 'qualidade de vida' nas linguagens técnicas e cotidianas nas sociedades ocidentais contemporâneas. A ampla utilização desse termo é acompanhada por uma indeterminação de seu significado e por uma concepção naturalizada de sua origem. Objetivo, então, analisar os processos pelos quais o termo qualidade de vida foi impregnado de sentido na nossa cultura, assim como argumentar que a grande relevância simbólica adquirida contemporaneamente pela qualidade de vida nas ciências biomédicas, nas políticas de saúde e nas práticas individuais relativas à saúde está relacionada com um mais amplo processo de inserção dos aspectos biológicos da vida no campo político. Dessa forma, apresento brevemente o surgimento e o desenvolvimento da biopolítica na modernidade, assim como analiso algumas das características da biopolítica contemporânea, a partir do que são apresentadas as concepções de estilo de vida, promoção de saúde, risco, autonomia e responsabilidade, que, articuladas, constituem o atual campo semântico no qual a saúde é problematizada. Dessa forma, procuro situar a atual preocupação pela qualidade de vida, assim como apresentar alguns dos problemas que se articulam a ela, como a responsabilidade individual pela própria saúde e a medida da qualidade de vida.
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