e-ISSN: 1981-7746
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As mudanças econômicas e sociais ocorridas no Brasil na década de 1980 e a garantia de políticas públicas pela 'Constituição Cidadã' ocasionam o início de uma transformação no campo psi: a inviabilidade do modelo de profissional autônomo e a abertura de novos campos de atuação. Dentre estes, a Saúde Coletiva, em seus três níveis de atenção, é a que mais tem possibilitado essas novas formas de inserção. No entanto, o processo de interlocução dos psicólogos com esse campo do saber vem sendo problemático e remete a uma formação que ainda não tem fornecido a preparação necessária para a atuação em consonância com o Sistema Único de Saúde (SUS). Este trabalho teve como objetivo analisar a proposta de formação, para a atuação na atenção primária, prevista pelos cursos de graduação em psicologia de Fortaleza, Ceará, por meio dos seus projetos político-pedagógicos. Para isso usou-se uma abordagem qualitativa, tendo como estratégia metodológica a análise documental. Constatou-se que a formação do psicólogo, apesar das novas diretrizes curriculares, ainda é pautada por uma proposta clínica tradicional, com ensino centrado no modelo intervencionista de saúde. Conclui-se apontando a necessidade de mudanças que ampliem e requalifiquem a formação em psicologia para atuação em Atenção Primária à Saúde.
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